CAE debate permissão de entrada de capital estrangeiro na saúde
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATEU NESTA SEGUNDA-FEIRA O PROJETO QUE PERMITE A ENTRADA DE CAPITAL ESTRANGEIRO NA SAÚDE.
LOC: REPRESENTANTES DOS MÉDICOS, HOSPITAIS, PLANOS DE SAÚDE E DO GOVERNO PARTICIPARAM DO DEBATE. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) De acordo com a lei atual, é proibida a participação direta ou indireta de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil. Mas o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, que mudar a lei para permitir a concorrência estrangeira no setor. A ideia também foi defendida pelo representante da Associação Nacional de Hospitais Privados, Daniel Coundry. Ele lembrou que o investimento estrangeiro no país cresceu 89% nos últimos anos e lamentou que, por conta da restrição legal, nenhum centavo foi destinado aos hospitais. Já o representante do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos, afirmou que, de forma indireta, o capital internacional já entrou no setor, por meio da operação dos planos de saúde. O relator da matéria, senador Vital do Rego, que também é médico, mostrou-se preocupado com o assunto. O senador pelo PMDB da Paraíba adiantou que vai produzir um substitutivo, ou seja, uma proposta diferente do projeto original. E esse novo texto poderá até mudar a lei dos planos de saúde para combater abusos no setor:
(Vital do Rego) Estancar essa situação de profunda disparidade sob ponto de vista concorrencial, à luz da lei que estabeleceu a possibilidade de planos de saúde comprarem hospitais e, a partir daí, receberem recursos de capital estrangeiro. Com isso, houve possibilidade de alguns planos terem esse direito e outros não.
(Repórter) Outro médico com mandato no Senado, Humberto Costa, do PT de Pernambuco, sugeriu que, em caso de aprovação desse capital externo, os investimentos sejam, obrigatoriamente, de longo prazo:
(Humberto Costa) Priorizar os novos investimentos. Se vem aqui só para comprar hospitais não sei se vai cumprir esse papel.
(Repórter) Já o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, e a presidente do Conselho Nacional da Saúde, Maria do Socorro de Souza, defenderam financiamento exclusivamente público da saúde.
LOC: REPRESENTANTES DOS MÉDICOS, HOSPITAIS, PLANOS DE SAÚDE E DO GOVERNO PARTICIPARAM DO DEBATE. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) De acordo com a lei atual, é proibida a participação direta ou indireta de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil. Mas o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, que mudar a lei para permitir a concorrência estrangeira no setor. A ideia também foi defendida pelo representante da Associação Nacional de Hospitais Privados, Daniel Coundry. Ele lembrou que o investimento estrangeiro no país cresceu 89% nos últimos anos e lamentou que, por conta da restrição legal, nenhum centavo foi destinado aos hospitais. Já o representante do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos, afirmou que, de forma indireta, o capital internacional já entrou no setor, por meio da operação dos planos de saúde. O relator da matéria, senador Vital do Rego, que também é médico, mostrou-se preocupado com o assunto. O senador pelo PMDB da Paraíba adiantou que vai produzir um substitutivo, ou seja, uma proposta diferente do projeto original. E esse novo texto poderá até mudar a lei dos planos de saúde para combater abusos no setor:
(Vital do Rego) Estancar essa situação de profunda disparidade sob ponto de vista concorrencial, à luz da lei que estabeleceu a possibilidade de planos de saúde comprarem hospitais e, a partir daí, receberem recursos de capital estrangeiro. Com isso, houve possibilidade de alguns planos terem esse direito e outros não.
(Repórter) Outro médico com mandato no Senado, Humberto Costa, do PT de Pernambuco, sugeriu que, em caso de aprovação desse capital externo, os investimentos sejam, obrigatoriamente, de longo prazo:
(Humberto Costa) Priorizar os novos investimentos. Se vem aqui só para comprar hospitais não sei se vai cumprir esse papel.
(Repórter) Já o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, e a presidente do Conselho Nacional da Saúde, Maria do Socorro de Souza, defenderam financiamento exclusivamente público da saúde.
