CAS debate políticas públicas para saúde do homem — Rádio Senado

CAS debate políticas públicas para saúde do homem

LOC: OS HOMENS PRECISAM APRENDER A CUIDAR MELHOR DA PRÓPRIA SAÚDE. 

LOC: ESSA FOI A CONCLUSÃO DE ESPECIALISTAS QUE PARTICIPARAM DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS NESTA QUINTA-FEIRA. SAIBA MAIS COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: A expectativa de vida dos homens no Brasil é 7 anos e meio menor que a das mulheres. A maior causa disso, de acordo com especialistas, é a falta de cuidados com a própria saúde. De acordo com o Sistema Único de Saúde, em 2007, enquanto 16 milhões de mulheres consultaram ginecologistas, foram registradas apenas dois milhões de consultas em urologistas. O presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, explicou que uma das causas da alta mortalidade masculina é cultural. 

(Waldemir Moka) Os homens são mais vulneráveis às doenças, especialmente as enfermidades graves e crônicas. Isso está ligado ao fato de que eles recorrem menos aos serviços de atenção primária que as mulheres. E procuram o sistema de saúde quando os quadros já se agravaram. 

(Repórter) O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Anderson Arantes Silvestrini, destacou que o número de casos de câncer de próstata é equivalente ao de câncer de mama, mas enquanto um é alvo de campanhas maciças, o outro não recebe a mesma atenção. 

(Anderson Arantes Silvestrini) Já que temos o outubro rosa, por que não difundirmos o novembro azul, uma campanha contra o câncer de próstata? E pensar o seguinte: que às vezes o único médico que o homem vai é no urologista. Então além do diagnóstico precoce do câncer de próstata, uma série de doenças como hipertensão diabéticas talvez vão ser diagnosticadas nesse consultório do urologista. 

(Repórter) O representante do Ministério da Saúde, Eduardo Schwartz, explicou que além do câncer de próstata, os homens estão em geral expostos a muitos fatores de risco, como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e violência. Na mesma direção apontou o médico Flávio Lobo Heldwein, colunista do blog Saúde do Homem. 

(Flávio Lobo Heldwein) Um terço das mortes são relacionadas a hábitos dietéticos não saudáveis, à falta de atividade física, ao sobrepeso e à obesidade e um terço relacionada ao fumo. O fumo a gente restringiu as propagandas, aumentou o preço e leis proibiram o consumo em locais fechados. As estratégias eu acho que ainda poderíamos melhorar em promoção a dieta e exercícios, conscientizar esses homens. 

(Repórter) Eduardo Schwartz disse que uma das prioridades do ministério é tornar o atendimento mais amigável para os homens, além de promover campanhas para incentivar os cuidados com a saúde.
16/05/2013, 01h48 - ATUALIZADO EM 16/05/2013, 01h48
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