Presidente da CRE pede que Brasil trabalhe pela volta do Paraguai ao bloco — Rádio Senado

Presidente da CRE pede que Brasil trabalhe pela volta do Paraguai ao bloco

LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO, RICARDO FERRAÇO, PEDE QUE O BRASIL TRABALHE EFETIVAMENTE PELA VOLTA DO PARAGUAI AO MERCOSUL.  

LOC: O PAÍS VIZINHO ESTÁ SUSPENSO DESDE O PROCESSO DE IMPEACHMENT RELÂMPAGO DO EX-PRESIDENTE FERNANDO LUGO. A REPORTAGEM É DE SERGIO VIEIRA. 

(Repórter) No dia 22 de junho do ano passado, num processo de impeachment que durou menos de 2 dias, o Congresso paraguaio decidiu retirar o ex-presidente Fernando Lugo do poder, pelo que julgou "mau desempenho" no cargo. O impeachment não foi bem recebido pelos parceiros do Paraguai no Mercosul - Brasil, Argentina e Uruguai - que suspenderam o país do Bloco. No último domingo, o Paraguai teve novas eleições presidenciais, com a vitória de Horacio Cartes, do Partido Colorado. Cartes já pronunciou oficialmente que quer seu país de volta ao Mercosul, e o presidente temporário do Bloco, o uruguaio Jose Mujica, o convidou para comparecer á próxima reunião de Chefes-de–Estado. Com o avanço nas negociações, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, acredita que o Governo brasileiro necessita ser mais pró-ativo em relação a este assunto. 

(Ricardo Ferraço) O presidente Cartes afirmou que os países sul-americanos estão com muito boa predisposição para aceitar a plena reincorporação do Paraguai. Cabe ao Brasil fortalecer a sua liderança regional e liderar as negociações. Por inúmeras razões, a energia proveniente de Itaipu, a presença da segunda maior colônia de brasileiros no exterior. 

(Repórter) O ponto mais polêmico é a recusa do Congresso paraguaio em aceitar a presença da Venezuela no Mercosul. Isso porque foi a suspensão do Paraguai do bloco regional que permitiu o ingresso da Venezuela, então governada por Hugo Chávez. Ricardo Ferraço lembrou que esta questão ainda provoca atritos. 

(Ricardo Ferraço) O governo do presidente Federico Franco, que substitui o líder deposto Fernando Lugo, sustenta que a suspensão do Paraguai do Mercosul, assim como o ingresso da Venezuela, constituíram Atos ilegais. E a intenção dos demais líderes do Mercosul de impor a aceitação da Venezuela como condição para a volta do Paraguai não deixa de ser um fator de preocupações. 

(Repórter) A próxima reunião da cúpula do Mercosul está marcada para junho em Montevidéu, a capital do Uruguai.
25/04/2013, 01h24 - ATUALIZADO EM 25/04/2013, 01h24
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