Santas Casas e hospitais reivindicam mais repasses do SUS para cobrir gastos — Rádio Senado

Santas Casas e hospitais reivindicam mais repasses do SUS para cobrir gastos

LOC: SANTAS CASAS, HOSPITAIS BENEFICENTES E LABORATÓRIOS REIVINDICAM MAIS REPASSES DO SUS PARA COBRIR GASTOS COM EXAMES E ATENDIMENTOS MÉDICOS.

LOC: EM REUNIÃO NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO, OS REPRESENTANTES DAS PARTES ENVOLVIDAS PEDIRAM AO GOVERNO O REAJUSTE DA TABELA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

(Repórter) As Santas Casas e hospitais beneficentes explicaram que são responsáveis por cerca de metade do atendimento público de saúde, mas acumulam dívidas de quase 15 bilhões de reais. O representante destas entidades, Edson Rogatti, pediu que o Ministério da Saúde cubra os custos dos procedimentos, já que de cada 100 reais gastos pelas Santas Casas, o governo só repassa 65 reais.
 
(Távora) Essa omissão por parte do governo faz com que honrar nossa palavra coloque em risco a sobrevivência de nossos hospitais. Para afastar este risco a única solução que encontramos é um financiamento justo para as Santas Casas e os filantrópicos. E é por isso que nós pedimos, paguem pelo menos os custos. Não queremos ter lucros.

(Repórter) Os representantes dos laboratórios também explicaram que os repasses feitos pelo SUS estão defasados e não cobrem os custos dos impostos e das análises clínicas, o que pode comprometer a qualidade dos serviços. Há 19 anos, por exemplo, o SUS paga um real e oitenta e cinco centavos pelos exames de uréia, glicose e creatinina. A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, que pediu a audiência, considerou a situação preocupante e defendeu que o governo repasse mais recursos para estas instituições, que trabalham com prejuízo e correm o risco de fechar as portas.

(Ana Amélia) Um problema, é uma situação absolutamente crítica destas instituições, porque não é admissível, que os custos operacionais de laboratórios, de hospitais, de qualquer instituição médica, tenha aumentado nos últimos anos violentamente, seja por carga tributária, aumento de salários, dos medicamentos usados, e o SUS não tenha reajustado estas tabelas.
 
(Repórter) O Ministério da Saúde argumentou que o SUS já reajustou uma série de procedimentos em 2011 e quer rever os contratos com estas entidades até 2014. Os senadores da Comissão de Assuntos Econômicos e representantes dos laboratórios e hospitais beneficentes devem discutir o assunto em uma audiência com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
19/03/2013, 01h42 - ATUALIZADO EM 19/03/2013, 01h42
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