Vanessa Grazziotin defende mudanças na atual política de quotas para mulheres — Rádio Senado

Vanessa Grazziotin defende mudanças na atual política de quotas para mulheres

LOC: A SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN, DO PC do B DO AMAZONAS, DISSE QUE A PROCURADORIA DA MULHER VAI ACOMPANHAR A APLICAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO PAÍS PARA IGUALDADE DE DIREITOS ENTRE HOMENS E MULHERES.
 
LOC: A SENADORA FOI INDICADA PELO PRESIDENTE RENAN CALHEIROS COMO A PRIMEIRA PROCURADORA DA MULHER NO SENADO:
 
(Repórter) Foi a senadora Vanessa Grazziotin que apresentou o Projeto de Resolução para a criação da Procuradoria. Para ela o país vem avançando muito no que se refere à legislação e aplicação de políticas públicas, mas muito ainda precisa ser feito para corrigir as desigualdades entre homens e mulheres. Vanessa lembrou que embora as mulheres sejam maioria no País, elas ocupam menos de dez por cento das cadeiras no Parlamento brasileiro e que a Procuradoria da Mulher vai priorizar a luta da bancada feminina da Casa pela igualdade política.

(Vanessa Grazziotin) Nós ocupamos, entre 190 países, o Brasil ocupa a 158 posição. É inadmissível então a gente tem que promover uma reforma política que pense e cuide da inclusão da mulher.
 
(Repórter) Para que a mulher represente de fato essa parcela da população no parlamento, a senadora defendeu mudanças na atual política de quotas para mulheres que hoje garante um terço do total de vagas nos partidos. Segundo ela, a regra adotada desde 1995 já se mostrou insuficiente para resolver o problema.

(Vanessa Grazziotin) A conferência determinou essa política de quotas mas o tempo mostrou que ela é insuficiente e hoje os outros países estão mudando para que? Para a votação em listas partidárias e nessas listas haver o escalonamento, o revezamento entre homem e mulher. Ou seja, alternância um candidato homem, uma mulher, e assim que parlamentos do mundo inteiro inclusive aqui do nosso continente, argentina, Uruguai, estão conquistando uma presença de 40 por cento aproximadamente para as mulheres.
 
(Repórter) A senadora ressaltou que a Procuradoria vai fazer um trabalho conjunto com a Secretaria Especial dos Direitos das Mulheres, as Assembléias Legislativas e as Câmaras de Vereadores. Ela também pretende fazer um convênio com o Banco Mundial e a ONU para ampliar o trabalho do órgão.
08/03/2013, 12h11 - ATUALIZADO EM 08/03/2013, 12h11
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