Suplicy quer que Obama dê contrapartidas para abertura política em Cuba — Rádio Senado

Suplicy quer que Obama dê contrapartidas para abertura política em Cuba

LOC: O SENADOR EDUARDO SUPLICY ENVIOU CARTA AO PRESIDENTE BARACK OBAMA PEDINDO QUE OS ESTADOS UNIDOS ANUNCIEM CONTRAPARTIDAS À ABERTURA POLÍTICA EM CUBA. LOC: SUPLICY ELOGIOU O GOVERNO CUBANO PELA EMISSÃO DE PASSAPORTE PARA A BLOGUEIRA YOÁNI SANCHES. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS.

(Repórter) Desde 2010, o senador Eduardo Suplicy, do PT paulista, vinha apelando a autoridades cubanas para que permitissem à blogueira Yoáni Sanches viajar para fora do país. O problema é que até o dia 14 de janeiro deste ano, o cidadão cubano que quisesse viajar para fora precisava de um convite do exterior e de uma permissão oficial do governo. Segundo a própria blogueira, foram vinte pedidos de viagem negados em cinco anos. Agora, com a mudança na lei de migração em Cuba, os cidadãos poderão deixar o país utilizando o passaporte e o prazo para a volta saltou de onze para 24 meses. Yoáni Sanches publicou em seu blog que já conseguiu o passaporte. Eduardo Suplicy elogiou a medida, que era uma promessa do presidente Raul Castro, e confirmou o envio de carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Na carta, Suplicy conta que pediu o fim do embargo comercial à ilha e o fechamento da prisão de segurança máxima em Guantánamo, criticada por crimes contra os direitos humanos.

(Suplicy) Seria muito importante agora que os Estados Unidos resolvam terminar com o embargo, o bloqueio à Cuba. Eu sugeri nesta carta ao presidente Barack Obama que agora possam os Estados Unidos inclusive fechar a prisão de Guantánamo e possivelmente dar também anistia aos cinco cubanos que são considerados heróis em Cuba, mas que estão presos nos Estados Unidos.

(Repórter) Além de facilitar a viagem ao exterior dos cerca de onze milhões de cidadãos cubanos, a nova lei reduz as dificuldades de repatriação daqueles que saíram ilegalmente do país. A maioria, os chamados balseros, usaram embarcações rústicas para atravessar o mar em direção aos Estados Unidos. Outros desertaram quando cumpriam missões no exterior, como o caso de atletas em meio a jogos olímpicos. Pela lei que entrou em vigor nesse ano, os exilados que quiserem voltar poderão inclusive montar negócios em Cuba, dentro da reforma econômica implantada no país.
01/02/2013, 06h43 - ATUALIZADO EM 01/02/2013, 06h43
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