Comissão ouve ministro da Integração Nacional sobre situação das obras
LOC: A COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DAS OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO OUVIU NESTA TERÇA-FEIRA O MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, FERNANDO BEZERRA.
LOC: A OBRA DA TRANSPOSIÇÃO TEM O CUSTO ESTIMADO EM OITO BILHÕES DE REAIS E PODE LEVAR ÁGUA PARA QUASE QUATROCENTAS CIDADES NORDESTINAS. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE.
(Repórter) O projeto da transposição do Rio São Francisco tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes de 391 municípios do Nordeste brasileiro. O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, fez uma apresentação sobre o andamento das obras que, segundo o ministério, já apresentam 43 por cento de avanço. Fernando Bezerra destacou que o projeto, que já enfrentou forte resistência, hoje é visto como fundamental para aliviar a situação de seca da região Nordeste do país:
(Fernando Bezerra) Se não conta com a unanimidade da sociedade brasileira, conta já com a compreensão, com o apoio e sobretudo com o reconhecimento da importância que essa é uma obra decisiva para oferecer ao Nordeste o que o Nordeste precisa, sobretudo em momentos como esse que estamos atravessando, que é uma das mais severas estiagens que castiga o Nordeste brasileiro nos últimos 40 anos.
(Repórter) O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, relator da comissão, questionou sobre alguns trechos de obras que foram iniciados e estão paralisados:
(Humberto Costa) O fato de que alguns lotes estão parados, apesar de ter obras iniciadas, e isso leva a um processo de deterioração daquilo que foi construído. Eu pergunto: quem será responsável pelos custos associados da deterioração das obras que estão paradas?
(Repórter) O ministro Fernando Bezerra respondeu que o ministério só passa a ser responsável pela obra quando a recebe totalmente. Antes disso, toda responsabilidade é da empresa contratada:
(Fernando Bezerra) Só quando o ministério dá o recebimento da obra é que essa responsabilidade da manutenção da obra recebida passa a ser da CODEVASF.
(Repórter) O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, criticou o que chamou de “falta de planejamento” do projeto. Ele lembrou que uma obra tão grande não levou em conta diversos aspectos:
(Cássio Cunha Lima) Imaginar que nós não teríamos problema de desapropriação, não teríamos problemas com as licenças ambientais, imaginar que uma obra dessa envergadura não teria uma linha de transmissão para ser removida é abandonar qualquer noção básica de planejamento.
(Repórter) Também participaram da audiência o general de Exército Joaquim Maia Brandão Júnior, Chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Ministério da Defesa e Roberto Nami Garibe Filho, secretário do Programa de Aceleração do Crescimento que representou o Ministério do Planejamento.
LOC: A OBRA DA TRANSPOSIÇÃO TEM O CUSTO ESTIMADO EM OITO BILHÕES DE REAIS E PODE LEVAR ÁGUA PARA QUASE QUATROCENTAS CIDADES NORDESTINAS. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE.
(Repórter) O projeto da transposição do Rio São Francisco tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes de 391 municípios do Nordeste brasileiro. O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, fez uma apresentação sobre o andamento das obras que, segundo o ministério, já apresentam 43 por cento de avanço. Fernando Bezerra destacou que o projeto, que já enfrentou forte resistência, hoje é visto como fundamental para aliviar a situação de seca da região Nordeste do país:
(Fernando Bezerra) Se não conta com a unanimidade da sociedade brasileira, conta já com a compreensão, com o apoio e sobretudo com o reconhecimento da importância que essa é uma obra decisiva para oferecer ao Nordeste o que o Nordeste precisa, sobretudo em momentos como esse que estamos atravessando, que é uma das mais severas estiagens que castiga o Nordeste brasileiro nos últimos 40 anos.
(Repórter) O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, relator da comissão, questionou sobre alguns trechos de obras que foram iniciados e estão paralisados:
(Humberto Costa) O fato de que alguns lotes estão parados, apesar de ter obras iniciadas, e isso leva a um processo de deterioração daquilo que foi construído. Eu pergunto: quem será responsável pelos custos associados da deterioração das obras que estão paradas?
(Repórter) O ministro Fernando Bezerra respondeu que o ministério só passa a ser responsável pela obra quando a recebe totalmente. Antes disso, toda responsabilidade é da empresa contratada:
(Fernando Bezerra) Só quando o ministério dá o recebimento da obra é que essa responsabilidade da manutenção da obra recebida passa a ser da CODEVASF.
(Repórter) O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, criticou o que chamou de “falta de planejamento” do projeto. Ele lembrou que uma obra tão grande não levou em conta diversos aspectos:
(Cássio Cunha Lima) Imaginar que nós não teríamos problema de desapropriação, não teríamos problemas com as licenças ambientais, imaginar que uma obra dessa envergadura não teria uma linha de transmissão para ser removida é abandonar qualquer noção básica de planejamento.
(Repórter) Também participaram da audiência o general de Exército Joaquim Maia Brandão Júnior, Chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Ministério da Defesa e Roberto Nami Garibe Filho, secretário do Programa de Aceleração do Crescimento que representou o Ministério do Planejamento.
