CPI promove reuniões no DF para apurar denúncias de omissão do poder público — Rádio Senado

CPI promove reuniões no DF para apurar denúncias de omissão do poder público

LOC: UMA MÉDIA DE CINCO OCORRÊNCIAS POR DIA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER É REGISTRADA NA DELEGACIA ESPECIAL DE ATENTIMENTO A MULHER EM LUZIANA. A DEAM ATENDE TAMBÉM CRISTALINA, CIDADE OCIDENTAL E JARDIM INGÁ, NO ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL. 

LOC: A CPMI PROMOVE NESTA SEMANA REUNIÕES E DILIGÊNCIAS NO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO PARA APURAR DENÚNCIAS DE OMISSÃO DO PODER PÚBLICO. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA. 

(Repórter) A CPI mista da Violência contra a Mulher tem percorrido o País investigando a atuação do poder público para combater esse tipo de crime. Nesta segunda-feira, os parlamentares visitaram cidades de Goiás no Entorno do Distrito Federal. Segundo estudo do Ministério da Justiça, a região ocupa o sétimo lugar no país em assassinatos de mulheres. A cidade de Formosa é a mais violenta, com a taxa de 14,4 assassinatos para cada grupo de 100 mil mulheres. Em Luziânia, são cinco ocorrências de violência registradas por dia, e cerca de 50 inquéritos policiais são encaminhados à Justiça por mês. A delegada titular da DEAM de Luziânia, Dilamar de Castro Souza, lamentou o pequeno número de funcionários: são quatro agentes e três escrivãs para fazer todo o atendimento, de segunda a sexta feira, das oito da manhã às seis da tarde. Não há casas abrigo e nem plantão na delegacia. As ocorrências noturnas e nos finais de semana são registradas na 1ª DP, sem atendimento especializado. Essa deficiência, segundo a delegada, é resultado da falta de pessoal 

(Dilamar de Castro Souza) A maior dificuldade hoje é a falta de policiais para que a gente possa aumentar o grupo e atender um número maior de pessoas... 

(Repórter) A deputada Marina Santana, do PT de Goiás, que participou da visita, lembrou que a Lei Maria da Penha garante não somente amparo legal à mulher vítima de violência, mas uma rede de proteção, o que falta na maioria das cidades brasileiras 

(Marina Santana) O entorno do distrito federal é um dos maiores índices do Brasil...A nossa preocupação é enorme porque encontramos uma das piores situações de todo o Brasil, pela falta de defensoria pública no estado, pelas precárias condições de instalação da própria delegacia, pela falta de assistência específica à mulher e seus filhos, a mulher é atendida precariamente e não tem para onde ir. 

(Repórter) Na próxima quarta-feira, 31 de outubro, a CPMI promove uma audiência pública no Senado para ouvir representantes do judiciário, ministério público, defensoria pública, e movimentos sociais.
29/10/2012, 03h35 - ATUALIZADO EM 29/10/2012, 03h35
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