Para professora, candidatura feminina não é valorizada por partidos — Rádio Senado

Para professora, candidatura feminina não é valorizada por partidos

LOC: A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO PROCESSO POLÍTICO BRASILEIRO TEVE UM AVANÇO SIGNIFICATIVO NOS ÚLTIMOS ANOS, MAS OS PARTIDOS AINDA NÃO VALORIZAM AS CANDIDATURAS FEMININAS DA FORMA COMO DEVERIAM. 

LOC: A AVALIAÇÃO É DA PROFESSORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ LUZIA MIRANDA ÁLVARES, QUE FALOU COM EXCLUSIVIDADE PARA A RÁDIO SENADO. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.  

(Repórter) Nas primeiras eleições municipais do país após uma mulher assumir a Presidência da República, a presença feminina nos cargos de representação política ainda não é considerada ideal. Apesar do crescimento observado desde que foi estipulado em lei o percentual mínimo de um terço de candidaturas femininas em cada pleito, a professora Luzia Miranda Álvares adverte que os partidos políticos ainda não estimulam a participação das mulheres nesse processo. 

(Luzia Miranda Álvares) Se hoje nós temos um avanço com uma presidenta da República, os partidos políticos ainda estão muito aquém daquelas organizações que estão sensibilizadas para o empoderamento das mulheres nesse âmbito formal. 

(Repórter) Para embasar seu argumento, a professora da Universidade Federal do Pará citou dados de uma pesquisa recente feita em seu estado, a respeito da filiação partidária de mulheres participantes de movimentos sociais feministas. 

(Luzia Miranda Álvares) Considerando que esses movimentos são um eixo muito importante da formação do empoderamento das mulheres, se percebe que há 60% de mulheres filiadas. Dessas mulheres, metade aproximadamente tem sido candidatas a vereadoras, a prefeitas nessas cidades. Algumas até se candidatam à assembléia legislativa, à câmara no âmbito estadual, mas o mínimo possível é que se elege. 

(Repórter) Um estudo produzido pela União Interparlamentar mostrou que o Brasil ocupa a centésima décima posição no ranking referente à participação das mulheres na política, atrás de países como Serra Leoa , Togo e Eslovênia.
05/10/2012, 05h42 - ATUALIZADO EM 05/10/2012, 05h42
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