CPI vai ouvir procuradores que investigam organização criminosa de Cachoeira
LOC: A CPI MISTA DO CACHOEIRA TOMA, NESTA SEMANA, O DEPOIMENTO DOS PROCURADORES RESPONSÁVEIS PELAS INVESTIGAÇÕES SOBRE O ESQUEMA DO CONTRAVENTOR.
LOC: E OS INTEGRANTES DA COMISSÃO MINIMIZARAM A DECISÃO DO EMPRESÁRIO FERNANDO CAVENDISH DE RECORRER AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA PERMANECER EM SILÊNCIO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) O depoimento do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, está marcado apenas para o dia 29. Mas o empresário já recorreu ao Supremo Tribunal Federal para permanecer em silêncio na CPI Mista do Cachoeira. Ele foi convocado para explicar os repasses de recursos para 17 empresas fantasmas usadas no esquema de corrupção do contraventor Carlos Ramos. A julgar pelos pedidos de outros depoentes, o Supremo deverá conceder a Fernando Cavendish um habeas corpus para não responder às perguntas dos integrantes da CPI. O senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, destacou que a Comissão tem documentos que revelam que a Delta repassou para as empresas fantasmas de Cachoeira mais de R$ 415 milhões, o que, segundo ele, comprova o envolvimento da Delta no esquema.
(Alvaro Dias) Esperar a colaboração de Cavendish é ser ingênuo demais. Não esperamos colaboração. Nosso dever é convocá-lo para tentar arrancar dele declarações que possam contribuir com as investigações. Mas temos que nos valer mais das informações bancárias e fiscais, que são sigilosas e que devem chegar à CPI de forma completa para uma análise técnica. É o que estamos fazendo.
(Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, se disse favorável ao pedido de indiciamento dos depoentes que se recusaram a colaborar com as investigações.
(Jorge Viana) O direito constitucional existe. Mas sinceramente, o mínimo que podemos esperar de quem é inocente é de que venha à CPI e coloque que é inocente por isso e por aquilo. Não podemos ter uma vinda de pessoas que já virou praxe de que todos ficam calados. Não podemos já julgar as pessoas. Mas significa que na CPI vamos pedir para que se apure. Porque se as pessoas estão vindo e ficando caladas temos que apurar com outros instrumentos já que não levaram em conta a oportunidade dada pela CPI de poder esclarecer.
(Repórter) Na reunião desta terça-feira, os integrantes da CPI Mista do Cachoeira vão ouvir os procuradores Léa Batista e Daniel Salgado. O relator da Comissão, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, afirmou que os dois deverão falar sobre a continuação dos trabalhos da organização criminosa de Cachoeira, apesar de ele estar preso desde fevereiro.
(Odair Cunha) Eles podem nos apontar linhas de investigações que podem ser consideradas por nós no sentido de desmontar a organização do Sr. Carlos Cachoeira.
(Repórter) Já o presidente da CPI Mista, senador Vital do Rêgo, do PMDB paraibano, não descartou a possibilidade de a sessão com os procuradores ser secreta, já que as investigações correm em segredo de justiça.
LOC: E OS INTEGRANTES DA COMISSÃO MINIMIZARAM A DECISÃO DO EMPRESÁRIO FERNANDO CAVENDISH DE RECORRER AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA PERMANECER EM SILÊNCIO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) O depoimento do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, está marcado apenas para o dia 29. Mas o empresário já recorreu ao Supremo Tribunal Federal para permanecer em silêncio na CPI Mista do Cachoeira. Ele foi convocado para explicar os repasses de recursos para 17 empresas fantasmas usadas no esquema de corrupção do contraventor Carlos Ramos. A julgar pelos pedidos de outros depoentes, o Supremo deverá conceder a Fernando Cavendish um habeas corpus para não responder às perguntas dos integrantes da CPI. O senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, destacou que a Comissão tem documentos que revelam que a Delta repassou para as empresas fantasmas de Cachoeira mais de R$ 415 milhões, o que, segundo ele, comprova o envolvimento da Delta no esquema.
(Alvaro Dias) Esperar a colaboração de Cavendish é ser ingênuo demais. Não esperamos colaboração. Nosso dever é convocá-lo para tentar arrancar dele declarações que possam contribuir com as investigações. Mas temos que nos valer mais das informações bancárias e fiscais, que são sigilosas e que devem chegar à CPI de forma completa para uma análise técnica. É o que estamos fazendo.
(Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, se disse favorável ao pedido de indiciamento dos depoentes que se recusaram a colaborar com as investigações.
(Jorge Viana) O direito constitucional existe. Mas sinceramente, o mínimo que podemos esperar de quem é inocente é de que venha à CPI e coloque que é inocente por isso e por aquilo. Não podemos ter uma vinda de pessoas que já virou praxe de que todos ficam calados. Não podemos já julgar as pessoas. Mas significa que na CPI vamos pedir para que se apure. Porque se as pessoas estão vindo e ficando caladas temos que apurar com outros instrumentos já que não levaram em conta a oportunidade dada pela CPI de poder esclarecer.
(Repórter) Na reunião desta terça-feira, os integrantes da CPI Mista do Cachoeira vão ouvir os procuradores Léa Batista e Daniel Salgado. O relator da Comissão, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, afirmou que os dois deverão falar sobre a continuação dos trabalhos da organização criminosa de Cachoeira, apesar de ele estar preso desde fevereiro.
(Odair Cunha) Eles podem nos apontar linhas de investigações que podem ser consideradas por nós no sentido de desmontar a organização do Sr. Carlos Cachoeira.
(Repórter) Já o presidente da CPI Mista, senador Vital do Rêgo, do PMDB paraibano, não descartou a possibilidade de a sessão com os procuradores ser secreta, já que as investigações correm em segredo de justiça.
