Teresina recebe transmissão da Rádio Senado a partir desta quarta — Rádio Senado

Teresina recebe transmissão da Rádio Senado a partir desta quarta

LOC: TERESINA, CAPITAL DO PIAUÍ, É A SEXTA CIDADE A RECEBER AS TRANSMISSÕES DA RÁDIO SENADO. A PARTIR DESTA QUARTA-FEIRA, A PROGRAMAÇÃO SERÁ TRANSMITIDA AO VIVO PARA A CAPITAL PIAUINESE, NA FREQUÊNCIA DE 104,5 FM. 
 
LOC: O FUNCIONAMENTO DA RÁDIO SENADO NO PIAUÍ OCORRE A PARTIR DE UMA PARCERIA COM A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO. MAIS DETALHES NA REPORTAGEM ESPECIAL DE RODRIGO RESENDE:
 
(Repórter) São três milhões e cem mil habitantes divididos em 224 municípios. A capital é Teresina, que já conta com oitocentos mil habitantes. Possui outras cidades importantes como Parnaíba, Picos, Piripiri e Floriano. O estado tem ainda 66 quilômetros de litoral. Este é o Piauí, fundado como capitania de São José do Piauí em 1758.
 
(Repórter) Em 1762, quatro anos após adquirir a autonomia, o Piauí tinha treze mil habitantes, sendo que a então capital, Oeiras, era a maior cidade com três mil e seiscentos cidadãos. O primeiro governador do local foi João Pereira Caldas, que teve a responsabilidade de organizar o chamado serviço das Forças Regulares, a instituição de proteção da capitania.
 
(Repórter) É muito comum, ao estudar a história da Independência brasileira, pensar que a libertação de Portugal aconteceu sem guerras e sem derramamento de sangue. Mas a história piauiense guarda um episódio que desmente essa passividade. É a Batalha do Jenipapo.

(Laurentino Gomes) A Batalha do Jenipapo foi o mais trágico e o mais simbólico de todos os confrontos da guerra da Independência.
 
(Marcelo Crivella) A independência de um país é muito mais que um grito, muito mais que um gesto, ela é um sacrifício, e todo sacrifício requer sangue, e aonde esse sangue foi derramado? Não foi às margens do rio Ipiranga, esse sangue pingou às margens de outro rio, o rio Jenipapo.
 
( Vanessa Graziotin) A única e verdadeira batalha durante o processo de Independência.
 
(Repórter) Quando o Brasil se fez independente, nem todo o país aderiu de forma imediata. O Maranhão, o Piauí e o Ceará mantiveram-se ainda sob o controle dos portugueses. Em março de 1823, portanto, 6 meses após o grito do Ipiranga, a tropa leal a Portugal, comandada pelo major Fidié, que estava refugiada em São Luis, Maranhão, promoveu um ataque ao Piauí. Era uma resposta ao desejo de independência dos brasileiros piauienses. O local do ataque fica onde, atualmente, está o município de Campo Maior, às margens do Rio Jenipapo. Quem nos conta o que aconteceu é o Jornalista Laurentino Gomes, autor dos livros 1808 e 1822.

(Laurentino Gomes) Nesse local, hoje situado às margens da BR-343, a rodovia que liga a capital Teresina à cidade de Parnaíba, no litoral piauiense, brasileiros e portugueses se bateram entre as nove horas da manhã e as duas horas da tarde do dia 13 de março de 1823. O resultado foi uma carnificina. Cerca de 200 brasileiros mortos e mais de 500 feitos prisioneiros. As perdas representavam um terço do improvisado exército brasileiro, composto em sua maioria por vaqueiros, comerciantes, alguns vereadores, um juiz, além de velhos e adolescentes. Os portugueses, comandados pelo disciplinado, porém insensato, Major João José da Cunha Fidié, tiveram apenas 16 baixas.
 
(Repórter) A disposição mostrada pelos piauienses espantou Fidié que preferiu recuar. Assim, ele não pode conquistar a então capital, Oeiras. Na cidade maranhense de Caxias, ele foi cercado, preso e mandado para o Rio de Janeiro. Com o sangue da batalha do Jenipapo, o Brasil ficava mais independente de Portugal. O processo finalizaria com a batalha de 2 de julho, na Bahia. Laurentino Gomes afirma que a batalha do Jenipapo não tem o devido reconhecimento na história.
26/06/2012, 07h57 - ATUALIZADO EM 26/06/2012, 07h57
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