Integrantes da CPI voltam a cobrar convocação de Pagot e Fernando Cavendish — Rádio Senado

Integrantes da CPI voltam a cobrar convocação de Pagot e Fernando Cavendish

LOC: OS INTEGRANTES DA CPI MISTA DO CACHOEIRA VOLTARAM A COBRAR A CONVOCAÇÃO DO EX-DIRETOR DA CONSTRUTORA DELTA E DO EX-DIRETOR DO DNIT.
 
LOC: O RELATOR DA COMISSÃO NEGOU DIRECIONAMENTO POLÍTICO NA CONDUÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES AO JUSTIFICAR O DEPOIMENTO DE TESTEMUHAS LIGADAS AO GOVERNADOR DE GOIÁS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
 
(Repórter) Na reunião dessa terça-feira, dois depoentes conseguiram um habeas corpus para permanecerem em silêncio: Lúcio Fiúza, ex-assessor do governador de Goiás, Marconi Perillo; e Écio Ribeiro, dono da empresa que comprou o imóvel de Perillo. O arquiteto Alexandre Milhomen foi o único a responder às perguntas dos integrantes da CPI. Ele negou qualquer relação com Perillo. Disse que foi contratado pela atual esposa do contraventor Carlos Ramos, Andressa Mendonça, para construção de uma casa de 1,2 mil metros quadrados. Mas a pedido da própria cliente, o projeto foi interrompido para que ele decorasse a casa que foi de Perillo. Segundo o arquiteto, Andressa deixou claro que o imóvel era emprestado. A oposição se irritou com o fato de o comando da CPI priorizar depoimentos de pessoas que não querem falar ou que não contribuem com as investigações. O senador Álvaro Dias do PSDB do Paraná voltou a defender que a CPI possa ouvir logo o ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish, e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Pagot.
 
(Alvaro Dias) Não há nenhuma indagação que justifique a convocação do arquiteto. Em relação ao governo de Goiás, o governador veio e prestou depoimentos. Essa etapa foi vencida. É hora de invadir os cofres públicos e saber o que aconteceu em matéria de superfaturamento de obras, pagamento de propina, de tráfico de influência, de beneficiamento da Delta e do Cachoeira. É isso que temos que investigar agora. 

(Repórter) Em resposta às cobranças do senador e do deputado Carlos Sampaio, do PSDB de São Paulo, o relator, deputado Odair Cunha do PT de Minas Gerais, negou qualquer direcionamento político nas investigações. Ele reiterou que as pessoas ligadas ao governador goiano vão continuar sendo ouvidas porque há indícios de que Cachoeira tinha agentes infiltrados no estado de Goiás. Para o relator, o depoimento do arquiteto serviu para mostrar que Perillo vendeu a casa para Cachoeira.
 
(Odair Cunha) Quem pode decorar uma casa que não é sua gastando R$ 500 mil para ficar alguns meses. Essa estória é descabida. A estória montada pelo governador Perillo não resiste. A questão de Cavendish e de Pagot, vamos analisar isso e vamos no dia 5 de julho, quando teremos sessão administrativa, vamos deliberar.
 
(Repórter) Na reunião desta quarta-feira, os integrantes da CPI vão ouvir Jayme Rincón, ex-coordenador de campanha de Perillo; Eliane Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador; e Luiz Bordoni, jornalista que afirma ter recebido pagamento na campanha de Perillo por meio de empresas de Cachoeira.
26/06/2012, 07h03 - ATUALIZADO EM 26/06/2012, 07h03
Duração de áudio: 02:44
Ao vivo
00:0000:00