CRE debate posição brasileira diante da nova ordem econômica mundial
LOC: AINDA NÃO É POSSÍVEL CONHECER OS RESULTADOS DO ATUAL PROCESSO DE MUDANÇAS NO CENÁRIO INTERNACIONAL.
LOC: A AFIRMAÇÃO FOI FEITA POR ESPECIALISTAS E AUTORIDADES PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.
TÉC: O debate sobre a posição brasileira diante da nova ordem econômica mundial analisou a situação dos países mais ricos, integrantes do G-20, e também dos chamados Brics, grupo emergente formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Primeiro a falar na audiência, o embaixador Rubens Barbosa destacou que o mundo está entrando em uma nova etapa de globalização.
(RUBENS BARBOSA): Tanto o comércio internacional quanto os investimentos estão mudando de lado. Os fluxos de investimento também estão mudando de orientação, hoje vem mais da Ásia do que da Europa e dos EUA. Nós estamos vivendo uma crise do multilateralismo na OMC, estamos tendo uma volta do protecionismo...
(REP) Para Dorothea Werneck, ex-ministra do Trabalho e atual secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, há uma falta de liderança e de compreensão quanto aos rumos do cenário internacional.
(DOROTHEA WERNECK): O processo de mudança é muito violento, não é só econômico, não é só político, não é só diplomático, é uma mudança de eixo, é uma mudança de liderança, quem é que está dizendo alguma coisa que faça sentido, quer dizer, o jogo das lideranças internacionais hoje eu diria que há mais próximo de um vazio do que da gente ter clareza para quem que a gente olha para entender melhor as coisas e buscar pela liderança um rumo.
(REP) O embaixador Marcílio Marques Moreira concordou que os resultados das atuais mudanças ainda são imprevisíveis.
(MARCILIO MARQUES MOREIRA): Não é possível dizer nada assim peremptório, 'vai ser assim, vai ser não'. É uma história aberta. Mas nós temos que procurar senão projeções, ao menos cenários possíveis.
(REP) Na opinião do senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, para se manter competitivo nesse mundo de incertezas é fundamental que o Brasil invista em inovação.
(CRISTOVAM BUARQUE): Mesmo que a gente reduza o custo de produção não vamos conseguir aumentar muito nossas vendas no exterior porque são produtos tradicionais que caracterizam hoje nossa balança comercial. Não se vai vender mais soja nem mais ferro apenas porque o preço baixou. O que a gente precisa vender são produtos novos, que criam demandas, e aí precisa de inovação.
(REP) O painel desta segunda-feira foi o último da série de debates promovida pela Comissão de Relações Exteriores sobre os rumos da política externa brasileira.
LOC: A AFIRMAÇÃO FOI FEITA POR ESPECIALISTAS E AUTORIDADES PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.
TÉC: O debate sobre a posição brasileira diante da nova ordem econômica mundial analisou a situação dos países mais ricos, integrantes do G-20, e também dos chamados Brics, grupo emergente formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Primeiro a falar na audiência, o embaixador Rubens Barbosa destacou que o mundo está entrando em uma nova etapa de globalização.
(RUBENS BARBOSA): Tanto o comércio internacional quanto os investimentos estão mudando de lado. Os fluxos de investimento também estão mudando de orientação, hoje vem mais da Ásia do que da Europa e dos EUA. Nós estamos vivendo uma crise do multilateralismo na OMC, estamos tendo uma volta do protecionismo...
(REP) Para Dorothea Werneck, ex-ministra do Trabalho e atual secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, há uma falta de liderança e de compreensão quanto aos rumos do cenário internacional.
(DOROTHEA WERNECK): O processo de mudança é muito violento, não é só econômico, não é só político, não é só diplomático, é uma mudança de eixo, é uma mudança de liderança, quem é que está dizendo alguma coisa que faça sentido, quer dizer, o jogo das lideranças internacionais hoje eu diria que há mais próximo de um vazio do que da gente ter clareza para quem que a gente olha para entender melhor as coisas e buscar pela liderança um rumo.
(REP) O embaixador Marcílio Marques Moreira concordou que os resultados das atuais mudanças ainda são imprevisíveis.
(MARCILIO MARQUES MOREIRA): Não é possível dizer nada assim peremptório, 'vai ser assim, vai ser não'. É uma história aberta. Mas nós temos que procurar senão projeções, ao menos cenários possíveis.
(REP) Na opinião do senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, para se manter competitivo nesse mundo de incertezas é fundamental que o Brasil invista em inovação.
(CRISTOVAM BUARQUE): Mesmo que a gente reduza o custo de produção não vamos conseguir aumentar muito nossas vendas no exterior porque são produtos tradicionais que caracterizam hoje nossa balança comercial. Não se vai vender mais soja nem mais ferro apenas porque o preço baixou. O que a gente precisa vender são produtos novos, que criam demandas, e aí precisa de inovação.
(REP) O painel desta segunda-feira foi o último da série de debates promovida pela Comissão de Relações Exteriores sobre os rumos da política externa brasileira.
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