Flexibilização do aborto jamais será aprovada, diz Magno Malta — Rádio Senado

Flexibilização do aborto jamais será aprovada, diz Magno Malta

LOC: A FLEXIBILIZAÇÃO DO ABORTO JAMAIS SERÁ APROVADA NO SENADO. A AFIRMAÇÃO FOI FEITA PELO SENADOR MAGNO MALTA.  

LOC: COORDENADOR DA "FRENTE DA FAMÍLIA", ELE DISSE JÁ TER CONSULTADO QUASE TODOS OS SENADORES E TAMBÉM O GOVERNO. A REPORTAGEM É DE SERGIO VIEIRA. 

TEC: A Comissão de Juristas criada pelo Senado para elaborar o Anteprojeto do novo Código Penal aprovou a flexibilização das possibilidades de aborto. Hoje o aborto só é permitido nos casos de gravidez resultante de estupro ou no caso de não haver outra maneira de salvar a vida da mãe. Mas o anteprojeto cria outras 5 possibilidades: se a mãe foi vítima de inseminação artificial sem a concordância dela; se o feto possuir anencefalia ou outras anomalias mentais ou físicas graves; se for constatado risco à vida ou à saúde da mãe; e por vontade da mãe até o terceiro mês da gravidez, se um psicólogo ou médico concordar em Laudo que ela não têm condição de exercer a maternidade. Mas estas mudanças indignaram o senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, que disse ter consultado o governo e 70 senadores e garantiu que o texto jamais será aprovado.

 (MAGNO MALTA): Quando o sr. Gilberto Carvalho foi à Câmara, já chegou dizendo “trago um recado da sra. presidente: ela mandou dizer que aborto não será matéria de seu governo”. Por isto falo em nome da Frente da Família e mando um recado ao sr. relator desta matéria: meu recado é o seguinte, campeão. Perde seu tempo com isto não. Tem futuro não.

(REPÓRTER) Este anteprojeto também foi comentado em plenário por Pedro Taques do PDT do Mato Grosso. Ele entende que o aborto é inconstitucional, mas elogiou outros pontos, como a criação da figura do “Homicídio Culposo Grave”, que valerá também para quem for irresponsável no trânsito. 

(PEDRO TAQUES): Resolve vários problemas jurisprudenciais em relação aos acidentes de trânsito. Problemas estes que tem deixado brechas e permitido que verdadeiros assassinos, homicidas ao volante escapem aos rigores da Lei. Aqui eu citaria os famigerados "rachas" pelas ruas e avenidas das cidades. 

(REPÓRTER) O mesmo rigor valerá para quem dirigir bêbado ou em alta velocidade e provocar mortes. Taques também elogiou o endurecimento das penas para quem matar alegando razões relacionadas à orientação sexual da vítima ou por racismo, e também nos casos de violência doméstica.
14/03/2012, 12h41 - ATUALIZADO EM 14/03/2012, 12h41
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