Senado faz sessão especial para homenagear o Barão do Rio Branco — Rádio Senado

Senado faz sessão especial para homenagear o Barão do Rio Branco

LOC: UMA SESSÃO ESPECIAL DO SENADO MARCOU NESTA SEGUNDA-FEIRA OS CEM ANOS DA MORTE DO BARÃO DO RIO BRANCO.  

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO, JOSÉ SARNEY, AFIRMOU QUE O BARÃO FOI UM HEROI, QUE CONQUISTOU TERRITÓRIOS PARA O BRASIL USANDO A NEGOCIAÇÃO COMO ARMA. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

TÉC: José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, morreu aos 66 anos, em 10 de fevereiro de 1912. Cem anos depois, o legado deixado por ele continua vivo, como afirmou o presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá. Em sessão especial no Senado, Sarney destacou a atuação do barão como diplomata que ajudou a definir as fronteiras do Brasil. Foram marcantes, disse o senador, as negociações no litígio com a França por causa dos limites entre o Amapá e a Guiana Francesa. O trabalho conduzido pelo Barão do Rio Branco levou o árbitro da questão, o presidente da Suíça, a dar a vitória ao Brasil, em sentença divulgada em 1900. Para José Sarney, o barão é um heroi brasileiro, que usou a negociação como arma. 

(SARNEY) Heroi não é somente aquele que vence batalhas com espada e sangue. Rio Branco venceu todas as batalhas, conquistando territórios para o Brasil que outros países conquistaram à base de sangue, de batalhas, como nós encontramos na América Espanhola. Rio Branco, ao contrário, fez pela negociação, criando esta consciência nacional do diálogo, que permanece no Brasil, como país pacifista. 

(REPÓRTER) A sessão especial para marcar o centenário da morte do Barão do Rio Branco foi sugerida pelo senador Jorge Viana, do PT do Acre, estado que passou a fazer parte do território brasileiro também graças à atuação do diplomata. Assinado em 1903, o Tratado de Petrópolis pôs fim a uma disputa com a Bolívia e o Peru, beneficiando, segundo Viana, milhares de brasileiros que foram para a região a fim de extrair borracha no final do século 19. 

(VIANA) Temos lá no Acre um sincero e profundo sentimento de gratidão pela obra deste homem que reconheceu a injustiça e o abandono a que estavam relegados os brasileiros, peço venia, entre aspas “brasileiros do Acre”, em momento crucial de nossa história. 

(REPÓRTER) Entre o final do século 19 e a primeira década do século 20, o Barão do Rio Branco também esteve à frente das delegações brasileiras que solucionaram pendências com a Argentina, a Venezuela, o Peru, o Uruguai e a então Guiana Holandesa, hoje Suriname.
05/03/2012, 01h31 - ATUALIZADO EM 05/03/2012, 01h31
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