Jucá prevê que valor contingenciado deve ser igual ao do ano passado — Rádio Senado

Jucá prevê que valor contingenciado deve ser igual ao do ano passado

LOC: A EQUIPE ECONÔMICA DE DILMA ROUSSEFF ANUNCIA NESTA TARDE O CONTINGENCIAMENTO NO ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO APROVADO PELO CONGRESSO NACIONAL EM DEZEMBRO. 

LOC: O LÍDER DO GOVERNO NO SENADO PREVÊ QUE OS CORTES DO GOVERNO FEDERAL PODEM CHEGAR A CINQUENTA BILHÕES DE REAIS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(REPÓRTER) Dois meses após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento Geral da União, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anuncia nesta tarde o valor do corte na proposta de arrecadação e gastos do governo federal. O chamado contingenciamento é necessário para que a equipe econômica possa adequar as contas da União com o cenário de crise financeira internacional. O líder do governo no Senado, Romero Jucá, do PMDB de Roraima, minimizou a tesourada no orçamento deste ano. Ele acredita que o montante contingenciado será o mesmo do ano passado, em torno de R$ 50 bilhões. Segundo Jucá, a poupança preventiva do governo federal não vai atingir a área social nem os investimentos em obras de infraestrutura. 

(ROMERO JUCÁ) Não é corte, efetivamente é a suspensão de gastos até que se configure a receita prevista no Orçamento. O governo federal tem que fazer um elevado superávit primário. Portanto, tem que ter responsabilidade com os gastos no início da gestão. A ministra Miriam Belchior deverá fazer o anúncio de contingenciamento, que deverá variar entre R$ 45 e R$ 55 bilhões. Algo em torno de R$ 50 bilhões é o esperado, portanto, preservando do contingenciamento os programas sociais e os investimentos em infraestrutura, que são prioridade do governo. 

(REPÓRTER) O vice-líder do PSDB, senador Flexa Ribeiro, do Pará, considerou precipitado o anúncio dos cortes no Orçamento Geral da União 

(FLEXA RIBEIRO) É prudente em função da crise você ter um instrumento de segurança. Agora, o que vem se verificando é que o Brasil tem se mostrado até certo ponto à margem da crise internacional. Eu diria que poderíamos aguardar mais, pelo menos, até o final do primeiro trimestre para tomarmos medidas tão drásticas. 

(REPÓRTER) O Orçamento Geral da União deste ano prevê receitas superiores a 2,2 trilhões de reais. Desse montante, 653 bilhões estão reservados para o pagamento dos juros da dívida pública.
15/02/2012, 00h47 - ATUALIZADO EM 15/02/2012, 00h47
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