CPI vai investigar entrada ilegal de haitianos no Brasil — Rádio Senado

CPI vai investigar entrada ilegal de haitianos no Brasil

LOC: OS SENADORES DA CPI DO TRÁFICO DE PESSOAS DEVEM RETOMAR AS ATIVIDADES NO INÍCIO DE FEVEREIRO E INVESTIGAR A ENTRADA ILEGAL E AS DENÚNCIAS DE TRÁFICO DE HAITIANOS PARA A REGIÃO NORTE DO BRASIL. 

LOC: O ANÚNCIO FOI FEITO PELA PRESIDENTE DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO, SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN, DO PC DO B DO AMAZONAS. MAIS DETALHES COM O REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

(REPÓRTER) Segundo o Governo Federal, em 2011, mais de 4 mil haitianos entraram ilegalmente no Brasil, principalmente pela região de Tabatinga, no Amazonas, ou Assis Brasil, no Acre. Em busca de uma vida melhor, eles fogem da miséria e deixam pra trás o país mais pobre das Américas. Devastado pelo terremoto de janeiro de 2010, que matou cerca de duzentas mil pessoas, o Haiti ainda enfrenta uma epidemia de cólera. Para chegar ao nosso país, cada imigrante chega a pagar até 5 mil dólares para agenciadores e intermediários, os chamados coiotes, para bancar uma viagem que passa por países como República Dominicana, Equador, Colombia, Peru e Bolívia. A presidente da CPI do Tráfico de Pessoas, senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, revelou que recebeu diversas denúncias sobre abusos sofridos pelos imigrantes nas mãos dos aliciadores. Ela anunciou que a Comissão Parlamentar de Inquérito deve investigar de perto o tráfico de pessoas na região norte a partir de fevereiro, na retomada dos trabalhos parlamentares. 

(VANESSA GRAZZIOTIN) Tenho sido procurada e tenho recebido relatos de tráfico de pessoas no processo de migraçção. Esses haitianos que chegam ao Brasiol , a maior parte deles, são vítimas de pessoas que sobrevivem e estão enriquecendo às custas da miséria. Alheia traficando pessoas com promessas falsas. Então nós vamos retomar os trabalhos e vamos acompanhar de perto.  

(REPÓRTER) Vanessa Grazziotin também disse que os senadores devem escolher o novo relator da CPI, no lugar da ex-senadora Marinor Brito. A Comissão Parlamentar de Inquérito deve voltar a se reunir com autoridades e especialistas, além de fazer audiências públicas antes de analisar o relatório final dos trabalhos, em abril de 2012.
25/01/2012, 00h40 - ATUALIZADO EM 25/01/2012, 00h40
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