Senadores criticam possível corte no Orçamento de 2012 — Rádio Senado

Senadores criticam possível corte no Orçamento de 2012

LOC: SENADORES CRITICAM POSSÍVEL CORTE NO ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO DE 2012, APROVADO EM DEZEMBRO PELO CONGRESSO NACIONAL.

LOC: A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DEVE ANUNCIAR NOS PRÓXIMOS DIAS O CONTINGENCIAMENTO ESTIMADO EM ATÉ SESSENTA MILHÕES DE REAIS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.

(REPÓRTER) Menos de um mês após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento Geral da União, a equipe econômica deve anunciar um corte. A estimativa é de que o chamado contingenciamento chegue a 60 bilhões de reais, valor acima da tesourada do ano passado. A decisão do montante exato sairá após a primeira reunião ministerial que a presidente Dilma Rousseff vai fazer na próxima segunda-feira. O relator de receitas do Orçamento, senador Acyr Gurgacz, do PDT de Rondônia, considerou exagerado um ajuste fiscal de 60 bilhões, superior ao do ano passado, no valor de 50 bilhões de reais. Ele alertou que o corte discutido pela equipe econômica vai comprometer os investimentos em obras de infraestrutura tão necessárias para o país que é a quinta economia mundial.

(ACYR GURGACZ) Entendemos que o Orçamento está bem, não haveria necessidade de corte neste momento, principalmente corte em investimento. Sendo que o Brasil está precisando de investimentos, em especial em infraestrutura, para que o país continue crescendo. A economia do país cresce e a estrutura do país não cresce? A estrutura física, estamos falando em estradas, portos, aeroportos, ferrovias. Não podemos deixar que haja um atraso neste investimento.

(REPÓRTER) O líder do PSDB, senador Alvaro Dias do Paraná, criticou o possível bloqueio de recursos, e sugeriu que a equipe econômica faça uma revisão dos gastos públicos.

(ALVARO DIAS) Esse anúncio sinaliza que teremos mais um ano perdido, mais um ano parado. Ocorre que as despesas correntes estão subindo exageradamente e o governo não faz reformas. A reforma administrativa, que seria essencial para cortar gastos supérfluos e correntes e elevar a capacidade de investimento produtivo no estado, a presidente não faz reformas, ela é refém dos partidos aliados.

(REPÓRTER) A equipe econômica trabalha com a determinação de que o corte não atinja a área social nem o Programa de Aceleração do Crescimento. Mas o contingenciamento deve comprometer as emendas parlamentares, que bancam diferentes obras nos estados e municípios por sugestão de deputados e senadores.
18/01/2012, 00h37 - ATUALIZADO EM 18/01/2012, 00h37
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