Senado homenageia defensores dos direitos humanos no Brasil — Rádio Senado

Senado homenageia defensores dos direitos humanos no Brasil

LOC: O SENADO HOMENAGEOU NESTA TERÇA-FEIRA SEIS PERSONALIDADES QUE SE DESTACARAM NA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL. 

LOC: UMA SESSÃO ESPECIAL NO PLENÁRIO MARCOU A ENTREGA DA COMENDA DOM HÉLDER CÂMARA. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

(REPÓRTER): Carlos Ayres Britto, ministro do Supremo Tribunal Federal; dom Eugênio Salles, cardeal e arcebispo emérito do Rio de Janeiro; Jair Krischke, fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos; dom Marcelo Carvalheira, arcebispo emérito da Paraíba; dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás e assessor da Comissão Pastoral da Terra; e Paulo César Fonteles de Lima, ex-deputado estadual do Pará. Os seis escolhidos para receber a Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara foram homenageados numa sessão especial do Senado. A presidente do conselho da comenda, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, disse que é motivo de orgulho para o Senado reconhecer a importância dessas personalidades. 

(ANA RITA): São indivíduos que souberam como poucos vivenciar a excelsa experiência da contínua doação, da entrega desinteressada ao próximo, como autênticos instrumentos da justiça e mensageiros da paz. 

(REPÓRTER): Uma das homenagens foi póstuma. Defensor da reforma agrária no sul do Pará, o ex-deputado Paulo César Fonteles de Lima foi assassinado em 1987 nos arredores de Belém. E a senadora Marinor Brito, do PSOL do Pará, lamentou que, quase 25 anos depois, os responsáveis pelo crime não tenham sido punidos. E que a violência no campo continua tirando vidas no estado. 

(MARINOR BRITO) A morte do Paulo, que podia ter servido de exemplo, porque tinha sido uma morte anunciada, para que os governos que se sucederam, se mobilizassem no sentido de frear essa matança em função da luta por terra, pudesse ter se transformado numa ação de Estado. Diferente disso, hoje o Pará continua sendo o campeão de mortes no campo. 

(REPÓRTER) A Comenda Dom Hélder Câmara foi criada pelo Senado em 2010, por iniciativa do então senador José Nery. O nome é uma homenagem a Dom Hélder, que foi arcebispo emérito de Olinda e Recife e que morreu em 1999. Ele foi um dos grandes defensores dos direitos humanos durante o regime militar e chegou a ser indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz.
13/12/2011, 00h43 - ATUALIZADO EM 13/12/2011, 00h43
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