CRA faz audiência em Rondônia para debater regularização fundiária — Rádio Senado

CRA faz audiência em Rondônia para debater regularização fundiária

LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA DO SENADO FEDERAL FEZ UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA EM ARIQUEMES, RONDÔNIA, PARA DISCUTIR A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA.
 
LOC: ALÉM DE DEBATER A QUESTÃO ESPECÍFICA DOS AGRICULTORES RONDONIENSES, A AUDIÊNCIA APRESENTOU DADOS ÚTEIS PARA TODA A AMAZÔNIA LEGAL. O REPÓRTER ROGÉRIO DY LA FUENTE TRAZ MAIS INFORMAÇÕES.
 
(Repórter) Rondônia possui hoje aproximadamente 80 mil unidades rurais dedicadas à agricultura familiar, com no máximo 240 hectares de extensão. Isso corresponde a 86 por cento das propriedades rurais do Estado em que são empregados aproximadamente 84% da mão-de-obra do campo. Quase a totalidade desses imóveis rurais estão irregulares, não são registrados. O senador do PDT de Rondônia, Acir Gurgács, que presidiu o seminário em Ariquemes e foi o autor do requerimento de realização do encontro, disse que em grande parte o problema será resolvido na próxima semana pelo Senado.
 
(Gurgacz) Uma parte desses problemas, principalmente no que diz respeito ao ordenamento agrário, será resolvido com a aprovação do Código Florestal, que está marcado para a próxima terça-feira, no Senado Federal. Que vem regularizar a situação de milhares de agricultores e trazer segurança jurídica para o campo, além de proteção para as nossas florestas.” (Rep) O presidente do Sindicato Rural de São Francisco do Guaporé, Edson Afonso Rodrigues, se queixou de que as grandes propriedades também merecem atenção.
 
(Edson) As áreas acima de quatro módulos fiscais, que no nosso estado significa 240 hectares, essas áreas necessitam de vistorias! Mas nós tamos com essa dificuldade, que nós não tamos vendo, ações diretas pra fazer as vistorias, pra também se regularizar as terras acima de 240 hectares.
 
(Repórter) A secretária extraordinária de Regularização Fundiária na Amazônia Legal do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Shirley Nascimento, explicou que em dois anos do programa Terra Legal foi feito o trabalho de base.
 
(Shirley) A gente sempre diz que em dois anos a gente fez o saneamento básico, que é um trabalho que não aparece, mas que se gasta muito dinheiro. Ele não traz voto, mas ele é necessário. Então, é sempre um trabalho muito complicado de se fazer, mas que é necessário. A gente só pode dar título depois que a gente faz o que a gente fez, durante esses dois anos, que eu chamo de saneamento básico.
 
(Repórter) Há dois anos havia apenas 10 glebas de terras mapeadas na Amazônia Legal. Hoje são 110 glebas com medição e georreferenciamento.
02/12/2011, 05h18 - ATUALIZADO EM 02/12/2011, 05h18
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