Marta Suplicy lamenta que mulheres brasileiras ganhem menos que homens — Rádio Senado

Marta Suplicy lamenta que mulheres brasileiras ganhem menos que homens

LOC: A SENADORA MARTA SUPLICY LAMENTOU O FATO DE AS MULHERES BRASILEIRAS CONTINUAREM A GANHAR SALÁRIOS MENORES EM RELAÇÃO AOS HOMENS.
 
LOC: A INFORMAÇÃO FOI DIVULGADA NESTA QUARTA-FEIRA PELO IBGE. MAS SEGUNDO O INSTITUTO, HOUVE AVANÇOS SIGNIFICATIVOS NA ÁREA SOCIAL, EM ESPECIAL A DIMINUIÇÃO EM 85 POR CENTO DA MORTALIDADE INFANTIL NOS ÚLTIMOS TRINTA ANOS.

REPÓRTER: PATRÍCIA NOVAES.
 
(REPÓRTER): Embora os novos resultados do Censo de 2010 do IBGE, divulgados nesta quarta feira apontem para uma melhora de vários índices, as desigualdades sociais e regionais persistem e preocupam. O estudo revelou, por exemplo, que os dez por cento mais ricos do País ganham em média trinta e nove vezes mais que os dez por cento mais pobres. Ainda segundo os números, os brasileiros das regiões Norte e Nordeste são os que têm os menores rendimentos. Enquanto na região Centro Oeste 7,3 por cento da população receba mais de cinco salários mínimos, no Nordeste esse índice é de apenas 2,3 por cento. O estudo revela ainda que o analfabetismo entre a população com mais de quinze anos caiu quatro pontos percentuais, mas ainda é alto em comparação a outros países. O Brasil tem o mesmo nível de analfabetismo do Zimbábue, onde a renda per capita é de 5% em relação a dos brasileiros. Mais uma vez o Nordeste amarga a pior taxa: em Alagoas 24 por cento dos brasileiros não sabem ler nem escrever enquanto no Distrito Federal esse índice é de apenas três e meio por cento. O estudo revelou ainda que as mulheres ganham menos que os homens. Segundo os dados divulgados nesta quarta feira pelo IBGE, o rendimento médio mensal das mulheres foi de 983 reais enquanto o dos homens ficou em 1.392 reais. Para a senadora Marta Suplicy, do PT de São Paulo as mulheres avançaram nas últimas décadas mas, dados como esses, ainda preocupam.

(SENADORA MARTA SUPLICY): Ainda nos afrontam dados que mostram que homens ganham em média, quarenta por cento a mais que as mulheres. Isso mostra a complexidade da nossa luta. Ocorre que o avanço depende não só de mudanças legais e institucionais mas também as transformações sociais e culturais.

(REPÓRTER): Os recenseadores do IBGE visitaram sessenta e sete milhões de domicílios brasileiros entre agosto e outubro do ano passado.
16/11/2011, 06h41 - ATUALIZADO EM 16/11/2011, 06h41
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