Relatório deve ser lido na Comissão Especial da Câmara — Rádio Senado

Relatório deve ser lido na Comissão Especial da Câmara

LOC: SENADORES ESPERAM MAIS POLÊMICAS EM TORNO DO FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA NO DEBATE SOBRE O RELATÓRIO DA REFORMA POLÍTICA NA COMISSÃO ESPECIAL DA CÂMARA. 

LOC: O RELATÓRIO DEVE SER LIDO NA PRÓXIMA SEMANA. O FINANCIAMENTO PÚBLICO É CONSIDERADO PELO RELATOR O PONTO MAIS IMPORTANTE DA REFORMA. A REPORTAGEM É DE NILO BAIRROS: 

TÉC: O relator da Comissão Especial, na Câmara, o deputado Henrique Fontana, mudou o texto mais de uma vez para tentar buscar acordo em torno da reforma política. O que não muda é a disposição dele e de seu partido, o PT, em aprovar o financiamento público exclusivo para campanhas eleitorais. Um assunto que divide os partidos. O PT da senadora Ângela Portela, de Roraima, já fechou questão a favor. Ela argumenta que ao deixar a cargo do setor privado as doações eleitorais, a democracia brasileira joga mais peso naqueles candidatos que melhor representam o setor empresarial, deixando em desvantagem o candidato que não conta com a simpatia das corporações. Além disso, a senadora acredita que o modelo atual, em que o candidato é financiado por empresas, favorece a corrupção. Mas Ângela Portela admite que esta será uma batalha dura no Congresso.

SENADORA ÂNGELA PORTELA: Não é fácil a aprovação, tem muitos partidos contrários, tem segmentos da população que também são contrários, mas quando você se elege com o dinheiro de uma empresa, depois você precisa prestar contas a essas empresas, então o financiamento público exclusivo é um dos instrumentos importantes para moralizar a política brasileira.

REPÓRTER: Já partidos como PSDB e PMDB são contrários ao financiamento exclusivamente público de campanhas. O senador Cícero Lucena, do PSDB da Paraíba, por exemplo, defende a manutenção do financiamento privado, com o aumento da fiscalização.

SENADO CÍCERO LUCENA - Se não houver fiscalização, vai ter dinheiro público financiado e dinheiro privado, no caixa 2, também financiando, o que precisa é termos uma maior fiscalização da forma como são feitas as eleições, que muitas vezes são desviadas, até através de ações públicas, que efetivamente interferem no resultado eleitoral. Rep: uma proposta semelhante, de financiamento exclusivo de campanha, já foi rejeitada uma vez pelo Senado, em agosto, em votação na Comissão de Constituição e Justiça. As duas casas, Senado e Câmara, analisam diferentes projetos de reforma política.
11/11/2011, 05h40 - ATUALIZADO EM 11/11/2011, 05h40
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