Estados poderão tomar R$ 21,3 bi emprestados para investimentos — Rádio Senado

Estados poderão tomar R$ 21,3 bi emprestados para investimentos

LOC: SETE ESTADOS PODERÃO TOMAR VINTE E UM BILHÕES E TREZENTOS MILHÕES DE REAIS EMPRESTADOS NO SISTEMA FINANCEIRO PARA OBRAS DE INFRAESTRUTURA E NA ÁREA SOCIAL.

 LOC: ACORDO PARA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS FOI ASSINADO NESTA QUINTA-FEIRA PELA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF. A MEDIDA BENEFICIA OS ESTADOS DE ALAGOAS, MARANHÃO, MINAS GERAIS, RIO DE JANEIRO, PARANÁ, RIO GRANDE DO SUL E DE SÃO PAULO E FOI COMENTADA POR SENADORES E GOVERNADORES. REPÓRTER ROGÉRIO DY LA FUENTE. 

(REPÓRTER): Os governos dos sete estados poderão captar empréstimos em organismos internacionais e no sistema financeiro nacional. A liberação não vai implicar em desembolsos por parte do Governo Federal e foi comemorada pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, de Alagoas, por ser uma resposta de crescimento local diante do cenário de crise internacional. 

(SENADOR RENAN CALHEIROS): É importante manter o mercado interno aquecido, o nível de investimentos e eu fico muito feliz que Alagoas se beneficia com isso. Nós estamos paralelamente trabalhando para mudar o indexador da dívida, para renegociar os prazos, que eu acho que são questões que virão na sequência, mas por enquanto é muito bom a elevação da capacidade de envididamento.

(REPÓRTER): Na prática, os estados tiveram aumentados os limites fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal para contrair empréstimos. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, isso não significa que eles deixarão de cumprir a lei. 

(GUIDO MANTEGA): Em geral os estados que têm direito a isso são aqueles que cumprem rigorosamente os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal, portanto estão diminuindo o seu endividamento, estão produzindo um resultado fiscal anual. Cada estado tem uma meta fiscal a realizar e só assim eles estão se habilitando a obter esses recursos.

(REPÓRTER): O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin confirma que foi graças a uma gestão responsável que o estado conseguiu ampliar o endividamento em mais sete bilhões de reais. 

(GERALDO ALCKMIN): Esse espaço fiscal é muito importante. Porque é investimento que vai melhorar a qualidade de vida da população, mobilidade urbana, metrô, trem, saneamento, estradas, infraestrutura, melhorar desenvolvimento, atrair investimento. O que mostra que a responsabilidade fiscal é que gera investimento. Uma gestão sadia sob o ponto de vista financeiro investe mais.

(REPÓRTER): No mês passado, a presidente Dilma Rousseff assinou acordo semelhante com mais dez estados, que tiveram 15 bilhões e setecentos milhões de reais liberados. Até o fim do ano, outras oito unidades da Federação assinarão o acordo – apenas o Amapá e o Tocantins ficarão de fora porque não aderiram ao programa de ajuste das contas públicas.
10/11/2011, 06h40 - ATUALIZADO EM 10/11/2011, 06h40
Duração de áudio: 02:18
Ao vivo
00:0000:00