Geração de emprego pode virar meta da política monetária do Brasil — Rádio Senado

Geração de emprego pode virar meta da política monetária do Brasil

LOC: O PLENÁRIO DO SENADO VAI ANALISAR EM BREVE DUAS PROPOSTAS QUE TORNAM A GERAÇÃO DE EMPREGOS UM DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA DO GOVERNO FEDERAL. 

LOC: A IDEIA É ASSOCIAR A ESTABILIDADE E O CRESCIMENTO ECONÔMICO À CRIAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

(REPÓRTER): As grandes economias mundiais têm entre os objetivos da política econômica a geração de empregos. E é isso que estabelece, para o Brasil, projeto do senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro. O senador destacou que hoje, o Banco Central tem foco apenas na estabilidade econômica.
(LINDEBERGH FARIAS): Hoje está o seguinte: "Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente". A nossa alteração, para que passe a figurar como competência do Banco Central do Brasil: "Perseguir a estabilidade do poder de compra da moeda, garantir que o sistema financeiro seja sólido e eficiente e estimular o crescimento econômico e a geração de empregos".
(REPÓRTER): Outro projeto, do senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, dá a mesma conotação para a política monetária, para os bancos e para o Conselho Monetário Nacional.
(INÁCIO ARRUDA): Para colocar como competência do Banco Central promover o pleno emprego da economia, que já é um instituto de todos esses grandes bancos centrais do mundo. Aliás, é o principal, não é o secundário. A moeda está subordinada à geração de emprego, à distribuição da riqueza.
(REPÓRTER): A relatora do projeto de Lindbergh Farias na Comissão de Assuntos Econômicos, Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, acredita que essa mudança vai além da mera retórica.
(VANESSA GRAZZIOTIN): Parece que é algo somente simbólico, mas é muito mais do que simbólico. Isso já ocorre nos Estados Unidos, isso já ocorre na Austrália, onde os regulamentos dos bancos centrais visam não apenas a estabilidade, mas também o emprego pleno, a busca pelo desenvolvimento e pelo emprego pleno. O que queremos do Banco Central é exatamente isto, a estabilidade. Mas a estabilidade para quê? A estabilidade para elevar a qualidade de vida da nossa gente.
(REPÓRTER): As duas propostas, aprovadas na Comissão de Assuntos Econômicos, estão prontas para análise no plenário do Senado. Se forem aprovadas, seguem para a Câmara dos Deputados.
04/11/2011, 00h46 - ATUALIZADO EM 04/11/2011, 00h46
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