Senadores criticam pontos defendidos pela Fifa para realização da Copa 2014

LOC: A LEI GERAL DA COPA, EDITADA PELO EXECUTIVO E ENVIADA AO CONGRESSO NACIONAL EM 16 DE SETEMBRO, NÃO CHEGOU AINDA AO SENADO MAS JÁ É TEMA POLÊMICO. LOC: SENADORES DA BASE DE APOIO AO GOVERNO E DA OPOSIÇÃO CRITICAM PONTOS DEFENDIDOS PELA FIFA PARA A REALIZAÇÃO DOS JOGOS DA COPA DO MUNDO DE 2014. O REPÓRTER ROGÉRIO DY LA FUENTE TRAZ MAIS INFORMAÇÕES. (REPÓRTER): A Lei Geral da Copa traz um conjunto de medidas exigidas pela Federação Internacional de Futebol, a FIFA para a competição ser sediada no Brasil. A legislação inclui normas desde delegar à FIFA a definição do valor dos ingressos até a proteção das marcas de patrocinadores no país. O senador Randolfe Rodrigues, do P-Sol do Amapá, afirmou que várias concessões não serão possíveis de fazer. (RANDOLFE RODRIGUES): Nós não somos contra a Lei e contra a Copa do Mundo no Brasil. O que não pode é passar uma legislação que afronta a Constituição brasileira, que estabelece uma legislação de exceção no nosso país, que retira direitos conquistados como os direitos conquistados no Estatuto do Torcedor, como o conquistado no Estatuto do Idoso. Uma lei como essa não pode passar, não pode avançar e nós faremos a luta política aqui, contrária a ela. (REPÓRTER): O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul é autor do Estatuto do Idoso e se preocupa com este segmento da sociedade e também com os jovens. (PAULO PAIM): O Presidente da organização, Joseph Blatter, não quer que estudantes e idosos tenham direito a pagar meia-entrada para assistir às partidas. Ele não abre não, mas o Brasil também não abre mão, porque são leis que nós aqui aprovamos, e vamos brigar até o último minuto para que sejam cumpridas. (REPÓRTER): O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, do Paraná, também promente lutar para assegurar direitos dos jovens e idosos. (ALVARO DIAS): É, a FIFA pretende governar o Brasil no período da Copa. Nós não podemos admitir isso. Se o Estatuto da Juventude prevê que a entrada para por estudante é meia, a FIFA tem que respeitar. E o Senado certamente atenderá aos brasileiros e não ao senhor Blatter. (REPÓRTER): A Lei Geral da Copa está Câmara dos Deputados, sendo analisada por uma Comissão Especial. Se for aprovada nesta comissão ela segue diretamente para o Senado.