Paulo Paim defende regulamentação do direito de greve
LOC: O SENADOR PAULO PAIM, DO PT DO RIO GRANDE DO SUL, LAMENTOU A DECISÃO DO TST QUE DETERMINOU O FIM DA GREVE DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS E PELO PAGAMENTO DE SETE DOS VINTE E OITO DIAS PARADOS.
LOC: ELE DEFENDEU A APROVAÇÃO DE PROJETO DE SUA AUTORIA REGULAMENTANDO O DIREITO DE GREVE. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES:
(REPÓRTER): Apesar de não ter considerado abusiva a greve de vinte e oito dias dos trabalhadores da empresa brasileira de Correios e Telégrafos, o TST decidiu pelo desconto de sete dias e pela compensação dos outros vinte e um. Decidiram também pelo fim do movimento e pela cobrança de multa de cinqüenta mil reais diários no caso de a categoria não voltar ao trabalho. Para o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, o que houve na verdade foi uma coação pelo fim do movimento. O senador gaúcho defendeu a aprovação de projeto de sua autoria regulamentando o direito de fazer greve.
(PAULO PAIM): Fica comprovado que nós temos que regulamentar o direito de greve. O direito de greve tem que ser um direito assegurado de qualquer trabalhador da área pública e da área privada desde que mantenha os chamados plantões de emergência quando está em jogo a vida do cidadão.
(REPÓRTER): O projeto do senador Paulo Paim está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça. Ele define como serviços ou atividades essenciais os de urgência médica, necessários à manutenção da vida, e prevê que, nesses casos, os trabalhadores fiquem responsáveis pela continuidade dos serviços, organizando escalas de plantão. A proposta prevê ainda que a greve só terminará por decisão da categoria que a iniciou, sem a interferência de autoridades públicas, inclusive o Judiciário.