Aloysio Nunes será o relator do projeto que cria Comissão da Verdade
LOC: O SENADOR ALOYSIO NUNES FERREIRA, DO PSDB DE SÃO PAULO, SERÁ O RELATOR DO PROJETO QUE CRIA A COMISSÃO DA VERDADE. A MATÉRIA JÁ FOI APROVADA NA CÂMARA.
LOC: NOS ANOS 1960 O JOVEM ALOYSIO NUNES PEGOU EM ARMAS PARA ENFRENTAR A DITADURA. A REPORTAGEM É DE SERGIO VIEIRA.
(REPÓRTER): Aloysio Nunes foi membro da "Aliança Libertadora Nacional", que era liderada por Carlos Marighella. Por conta disso, foi condenado pela ditadura militar com base na "Lei da Segurança Nacional". Deixou o país para não ser torturado ou morto, destino de vários de seus companheiros, inclusive do próprio Marighella, morto em 1969. Aloysio Nunes voltou ao Brasil em 1979 graças à "Lei da Anistia" e pôde retomar a militância política. E agora em 2011 caberá a Aloysio relatar a criação da "Comissão da Verdade" no Senado, que tem como objetivo investigar as violações aos direitos humanos no período de 1946 a 1988. Olhando para trás, Aloysio diz que hoje tem uma visão crítica sobre o próprio passado.
(ALOYSIO NUNES FERREIRA): Eu estou muito tranquilo em relação ao meu passado. Eu lutei quando eu era moço contra a ditadura, usando as formas mais extremas de luta. Hoje penso que não foi o melhor caminho. Mas eu acreditava naquilo e pus a cara. Então eu estou bem, não tenho nenhum problema. Acho que é um tema com o qual eu estou bastante afeito.
(REPÓRTER): Se for aprovada no Senado e sancionada pela presidente Dilma, a "Comissão da Verdade" poderá auxiliar na localização dos restos mortais de desaparecidos políticos. Para isso terá o poder de acessar arquivos do governo, inclusive os que são considerados sigilosos. Terá ainda a prerrogativa de convocar para depor vítimas e acusados de violações aos direitos humanos. Caberá também à Comissão da Verdade fazer perícias e parcerias com outros órgãos, podendo investigar casos fora do país. Mas o senador Aloysio Nunes acredita que a principal função da Comissão será mostrar à sociedade o quão brutal podem ser os regimes ditatoriais, para que o Brasil nunca mais passe por isso novamente.
(ALOYSIO NUNES FERREIRA): Sobretudo elucidar mecanismos que criaram aquela máquina repressiva, de tal modo que eles não venham a se repetir, que nunca mais se faça aquilo que se fez.
(REPÓRTER): A Comissão da Verdade terá 2 anos para apresentar um relatório final.
LOC: NOS ANOS 1960 O JOVEM ALOYSIO NUNES PEGOU EM ARMAS PARA ENFRENTAR A DITADURA. A REPORTAGEM É DE SERGIO VIEIRA.
(REPÓRTER): Aloysio Nunes foi membro da "Aliança Libertadora Nacional", que era liderada por Carlos Marighella. Por conta disso, foi condenado pela ditadura militar com base na "Lei da Segurança Nacional". Deixou o país para não ser torturado ou morto, destino de vários de seus companheiros, inclusive do próprio Marighella, morto em 1969. Aloysio Nunes voltou ao Brasil em 1979 graças à "Lei da Anistia" e pôde retomar a militância política. E agora em 2011 caberá a Aloysio relatar a criação da "Comissão da Verdade" no Senado, que tem como objetivo investigar as violações aos direitos humanos no período de 1946 a 1988. Olhando para trás, Aloysio diz que hoje tem uma visão crítica sobre o próprio passado.
(ALOYSIO NUNES FERREIRA): Eu estou muito tranquilo em relação ao meu passado. Eu lutei quando eu era moço contra a ditadura, usando as formas mais extremas de luta. Hoje penso que não foi o melhor caminho. Mas eu acreditava naquilo e pus a cara. Então eu estou bem, não tenho nenhum problema. Acho que é um tema com o qual eu estou bastante afeito.
(REPÓRTER): Se for aprovada no Senado e sancionada pela presidente Dilma, a "Comissão da Verdade" poderá auxiliar na localização dos restos mortais de desaparecidos políticos. Para isso terá o poder de acessar arquivos do governo, inclusive os que são considerados sigilosos. Terá ainda a prerrogativa de convocar para depor vítimas e acusados de violações aos direitos humanos. Caberá também à Comissão da Verdade fazer perícias e parcerias com outros órgãos, podendo investigar casos fora do país. Mas o senador Aloysio Nunes acredita que a principal função da Comissão será mostrar à sociedade o quão brutal podem ser os regimes ditatoriais, para que o Brasil nunca mais passe por isso novamente.
(ALOYSIO NUNES FERREIRA): Sobretudo elucidar mecanismos que criaram aquela máquina repressiva, de tal modo que eles não venham a se repetir, que nunca mais se faça aquilo que se fez.
(REPÓRTER): A Comissão da Verdade terá 2 anos para apresentar um relatório final.
