Comissões debatem impacto do novo código na produção de café em MG
LOC: TRÊS COMISSÕES DO SENADO SE REUNIRAM PARA DEBATER O IMPACTO DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL NA PRODUÇÃO DE CAFÉ NO SUL DE MINAS GERAIS.
LOC: OS PRODUTORES ESTÃO PREOCUPADOS COM POSSÍVEIS MUDANÇAS NO TEXTO APROVADO NA CÂMARA. SAIBA POR QUE NA REPORTAGEM DE NILO BAIRROS:
O sul de Minas Gerais, uma das regiões que mais produzem café no Brasil, é entrecortado por córregos e ainda tem relevo montanhoso, dois fatores que, dependendo do resultado da votação, devem restringir a agricultura. Por isso, as comissões de Meio Ambiente, de Agricultura e Reforma Agrária e de Ciência e Tecnologia receberam nesta quarta-feira representantes da cafeicultura. E o diretor do Conselho Nacional do Café e presidente da Cooperativa de Café de Três Pontas, em Minas Gerais, Francisco Miranda Filho, resumiu a preocupação da categoria. (Francisco Miranda Filho) Nós somos totalmente favoráveis à preservação ambiental, porque é dela que nós tiramos nosso sustento. Mas as pessoas que vivem na cidade, não conhecem o campo, talvez não saibam o estrago que faz colocar 30 metros de cada lado no curso d`água, dentro de uma propriedade pequena que tem às vezes três nascentes dentro dela. Rep: um cálculo apresentado pelos cafeicultores indica que uma propriedade de 122 hectares, cortada por quatro córregos, algo normal na região, pode perder até 36% da capacidade de produção caso o projeto seja modificado no Senado. Por isso, o senador Waldemir Moka, do PMDB do Mato Grosso do Sul, defendeu a manutenção do texto do relator na Câmara, deputado Aldo Rebelo. (Waldemir Moka) Essa é a realidade, e não é só a realidade de Minas não, se nós começarmos a ouvir a cooperativas, vamos ver o pessoal da maçã, nós temos um monte de exemplos como esse. Deputado viu essa realidade e foi isso que inspirou o Aldo a fazer esse texto que foi aprovado por mais de 400 votos na Câmara dos Deputados. (Rep) O relator do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente, senador Jorge Viana, do PT do Acre, argumentou que, para dar segurança a todos os agricultores, o Senado deverá tratar cada produção em separado. (Jorge Viana) Não tem como tratar o problema de quem planta café, em montanha e morro sem considerar que isso é parte de uma cultura, de uma tradição de uma região do país e que isso faz parte da história de um povo, não adianta misturar essa situação à maçã, à uva, a outras atividades que nós temos, produtivas, com regramento nacional, então isso no Senado está sendo tratado dessa maneira. (Rep) O Código Florestal precisa ser votado pelas comissões de Agricultura e Reforma Agrária, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. Só então a matéria vai ao Plenário.
LOC: OS PRODUTORES ESTÃO PREOCUPADOS COM POSSÍVEIS MUDANÇAS NO TEXTO APROVADO NA CÂMARA. SAIBA POR QUE NA REPORTAGEM DE NILO BAIRROS:
O sul de Minas Gerais, uma das regiões que mais produzem café no Brasil, é entrecortado por córregos e ainda tem relevo montanhoso, dois fatores que, dependendo do resultado da votação, devem restringir a agricultura. Por isso, as comissões de Meio Ambiente, de Agricultura e Reforma Agrária e de Ciência e Tecnologia receberam nesta quarta-feira representantes da cafeicultura. E o diretor do Conselho Nacional do Café e presidente da Cooperativa de Café de Três Pontas, em Minas Gerais, Francisco Miranda Filho, resumiu a preocupação da categoria. (Francisco Miranda Filho) Nós somos totalmente favoráveis à preservação ambiental, porque é dela que nós tiramos nosso sustento. Mas as pessoas que vivem na cidade, não conhecem o campo, talvez não saibam o estrago que faz colocar 30 metros de cada lado no curso d`água, dentro de uma propriedade pequena que tem às vezes três nascentes dentro dela. Rep: um cálculo apresentado pelos cafeicultores indica que uma propriedade de 122 hectares, cortada por quatro córregos, algo normal na região, pode perder até 36% da capacidade de produção caso o projeto seja modificado no Senado. Por isso, o senador Waldemir Moka, do PMDB do Mato Grosso do Sul, defendeu a manutenção do texto do relator na Câmara, deputado Aldo Rebelo. (Waldemir Moka) Essa é a realidade, e não é só a realidade de Minas não, se nós começarmos a ouvir a cooperativas, vamos ver o pessoal da maçã, nós temos um monte de exemplos como esse. Deputado viu essa realidade e foi isso que inspirou o Aldo a fazer esse texto que foi aprovado por mais de 400 votos na Câmara dos Deputados. (Rep) O relator do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente, senador Jorge Viana, do PT do Acre, argumentou que, para dar segurança a todos os agricultores, o Senado deverá tratar cada produção em separado. (Jorge Viana) Não tem como tratar o problema de quem planta café, em montanha e morro sem considerar que isso é parte de uma cultura, de uma tradição de uma região do país e que isso faz parte da história de um povo, não adianta misturar essa situação à maçã, à uva, a outras atividades que nós temos, produtivas, com regramento nacional, então isso no Senado está sendo tratado dessa maneira. (Rep) O Código Florestal precisa ser votado pelas comissões de Agricultura e Reforma Agrária, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. Só então a matéria vai ao Plenário.
