Collor vê dificuldades no relacionamento do Brasil com novo governo líbio — Rádio Senado

Collor vê dificuldades no relacionamento do Brasil com novo governo líbio

LOC: SENADOR FERNANDO COLLOR, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL, VÊ DIFICULDADES NO RELACIONAMENTO DO BRASIL COM O NOVO GOVERNO DA LÍBIA. 

LOC: EM DISCURSO NO PLENÁRIO, COLLOR DESTACOU QUE O GOVERNO DE TRANSIÇÃO EM TRIPOLI AINDA APRESENTA PROFUNDAS DIVISÕES. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

Téc: O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, afirmou que a conferência em Paris promovida pelas principais potências que dão apoio às forças rebeldes, contrárias ao regime do coronel kadafi, teve o objetivo de consolidar o reconhecimento do Conselho Nacional de Transição, CNT, encarregado de comandar o país até as eleições. Mais de 60 países, entre eles o Brasil, se reuniram na capital francesa no dia primeiro de setembro para discutir a situação na Líbia após a queda do regime do ditador Kadafi. A Líbia foi representada pelo Primeiro Ministro Mohamud Jibril e pelo Presidente do CNT Mustafa Jalil. O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, disse que a conferencia diplomática procurou mostrar a derrota da ditadura como fato consumado, apesar de persistirem focos de resistência no país. Collor destacou que Trípoli está dominada não por um exército homogêneo, mas por diferentes comandos militares e lideranças que se vêem com desconfiança. (Collor) Essas divisões realçam as dificuldades do período de transição e aumentam o espaço de atuação das potências ocidentais que já exerce um protetorado informal no país. No que diz respeito ao Brasil, a abstenção na votação da resolução da ONU que deu guarida à intervenção da OTAN, o não reconhecimento do Conselho Nacional de Transição e a antiga proximidade com Kadafi não facilitarão as relações com o novo governo líbio. (Nara) Para Fernando Collor, a conferência em Paris representou a cristalização, no plano diplomático, da capacidade de intervenção da França e do Reino Unido. Ele lembrou que a Líbia tem pouco interesse para os Estados Unidos, mas é um país estratégico para a Europa. E citou como exemplos de participação imediata na reconstrução líbia a impressão de papel-moeda no Reino Unido, e o acordo da estatal italiana de petróleo para fornecer gasolina ao novo governo em troca de suprimento futuro de petróleo líbio.
06/09/2011, 02h02 - ATUALIZADO EM 06/09/2011, 02h02
Duração de áudio: 02:07
Ao vivo
00:0000:00