Senadores debatem atendimento médico nas faixas de fronteiras — Rádio Senado

Senadores debatem atendimento médico nas faixas de fronteiras

LOC: O GOVERNO BRASILEIRO NÃO SABE QUAIS AS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO QUE VIVE NA ÁREA DE FRONTEIRA. E O ATENDIMENTO MÉDICO É PRECÁRIO NESTAS CIDADES.

LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA NESTA TERÇA-FEIRA POR SENADORES E REPRESENTANTES DOS MINISTÉRIOS DAS RELAÇÕES EXTERIORES E DA SAÚDE. ELES PARTICIPARAM DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA AMAZÔNIA E DA FAIXA DE FRONTEIRA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.

TÉC: (Cardim Raupp João Fronteira) O coordenador geral de urgência e emergência do Ministério da Saúde, Paulo de Tarso, explicou que o Sistema Único de Saúde fez uma radiografia dos principais problemas encontrados em 121 municípios brasileiros que estão na região de fronteira. Entre as dificuldades listadas estão o mau atendimento à população local, falta de investimentos e de integração com os 10 países vizinhos. O Programa SUS - Fronteira também aponta os obstáculos para contratar médicos e o exercício ilegal da medicina por estrangeiros nestas localidades. Durante o debate na Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira, os senadores argumentaram que a situação é pior nas cidades da região norte. O presidente do colegiado, senador Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, lembrou, por exemplo, que o Hospital de Pacaraima também atende aos pacientes que chegam da Venezuela. O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, disse que em Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, o atendimento médico é precário. (Raupp) A saúde lá é um caso. Além do pessoal que vem do ouro lado, o pessoal da cidade mesmo não tem assistência à suade, não tem condições de dar esse atendimento. O hospital que está com um terço de sua capacidade e que também está fechando. (Cardim) O diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, ministro João Luiz Pinto, explicou que o Itamaraty tem a função de demarcar as fronteiras e estabelecer a integração e a cooperação com os países vizinhos. No entanto, ele reconheceu que o Estado ainda não sabe quais as necessidades da população que vive na fronteira brasileira, que tem cerca de 17 mil quilômetros. (João - 19) Na realidade há uma grande falta de comunicação entre o que Brasília oferece a estas populações e o que elas sabem que podem obter. E o contrário também ocorre. Nós aqui em Brasília temos muito pouco conhecimento das reais necessidades da fronteira. (Cardim) A Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira é vinculada à Comissão de Relações Exteriores do Senado.
23/08/2011, 01h32 - ATUALIZADO EM 23/08/2011, 01h32
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