Mais de 45 mil trabalhadoras rurais participaram da marcha — Rádio Senado

Mais de 45 mil trabalhadoras rurais participaram da marcha

LOC: MAIS DE 45 MIL AGRICULTORAS FAMILIARES E TRABALHADORAS RURAIS COLORIRAM O GRAMADO DIANTE DO CONGRESSO NACIONAL NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA.

LOC: ELAS PARTICIPARAM DA QUARTA MARCHA DAS MARGARIDAS, UM EVENTO PROMOVIDO PELA CONTAG, E GANHARAM O APOIO ÀS REIVINDICAÇÕES APRESENTADAS DAS INTEGRANTES DA BANCADA FEMININA NO PLENÁRIO DO SENADO. O REPÓRTER ROGÉRIO DY LA FUENTE TEM MAIS INFORMAÇÕES.

Esta foi a quarta edição da Marcha das Margaridas, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura em Brasília. Mais de 45 mil mulheres e também alguns homens participaram da ação política que incluiu um deslocamento de cinco quilômetros à pé do Parque da Cidade até o gramado em frente ao Palácio do Congresso Nacional. São mulheres que têm como principais ferramentas de trabalho enxadas, foices, cestos e mesmo redes de pesca e tiram o sustento do campo e da floresta. Uma delas é a apicultora e líder sindical em Divinópolis, no Tocantins, Deusinete Batista Alves. Ouvinte da Rádio Senado em Ondas Curtas ela visitou as instalações da emissora e contou o motivo de realização da marcha. (Deusinete) A gente tá aí reivindicando, né? Buscando, né, aquilo que a gente tá precisando. Falando, dando grito mesmo, porque é só assim que a gente pode conseguir alguma coisa. É falando, porque se a gente ficar lá no nosso assentamento, lá na nossa casinha, parado lá, ninguém vai saber o que a gente tá buscando, o que a gente tá precisando! (Repórter) A senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, ocupou a tribuna e destacou as reivindicações das trabalhadoras rurais. (Angela) Nestas quatro edições da Marcha das Margaridas, a plataforma política e pauta de reivindicações focalizaram questões estruturais e conjunturais e aquelas específicas das trabalhadoras do campo e da floresta, todas buscando a superação da pobreza e da violência e buscando desenvolvimento sustentável, com igualdade. (Repórter) A senadora Ana Amélia Lemos, do PP do Rio Grande do Sul, enfatizou a luta das mulheres do campo e da floresta contra a violência doméstica. (AnaAmelia) A agenda da Marcha das Margaridas é de encaminhar à presidência do Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal a realização de um diagnóstico da violência contra as mulheres no Brasil, no campo, na floresta e nas áreas urbanas, com indicativo de medidas a serem adotadas que garantam o cumprimento com rigor da Lei Maria da Penha. (Repórter) As trabalhadoras rurais defendem a idéia que no campo, por conta do estado brasileiro ter ficado ausente por muito tempo, as mulheres vivem em condição de maior pobreza e de maior falta de acesso às políticas básicas de suas vidas. Por isso pedem apoio do Congresso Nacional.
17/08/2011, 06h23 - ATUALIZADO EM 17/08/2011, 06h23
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