Senadores elogiam plano para estimular indústria nacional — Rádio Senado

Senadores elogiam plano para estimular indústria nacional

LOC: O GOVERNO FEDERAL LANÇOU NESTA TERÇA-FEIRA UM PROGRAMA PARA ESTIMULAR A INDÚSTRIA NACIONAL, FRENTE À ENXURRADA DE PRODUTOS IMPORTADOS.
 
LOC: SENADORES ELOGIARAM A INICIATIVA, MAS JÁ ANUNCIAM MUDANÇAS NAS MEDIDAS PROVISÓRIAS, EM ESPECIAL NA QUE REDUZ EM 17 E MEIO PONTOS PERCENTUAIS A CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS AO INSS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
 
Os pontos principais do Plano Brasil Maior, lançado pela presidente Dilma Rousseff, vão depender do aval do Congresso Nacional. Já foram encaminhadas ao Legislativo duas medidas provisórias que tratam de isenção fiscal, de financiamentos para empresários que se dedicam às exportações e da desoneração da folha de pagamento. O programa Brasil Maior tem o objetivo de fortalecer a indústria brasileira, em meio à desvalorização do dólar e à entrada de produtos estrangeiros mais baratos no mercado nacional. O plano também prevê investimentos em ciência, tecnologia e inovação, assim como exportação de manufaturados com valor agregado. Pela proposta, em vez de os empresários brasileiros venderem apenas o grão do café, eles serão estimulados a comercializar um café já moído e pronto para o consumo nos supermercados internacionais. Dessa forma, haverá aumento do valor do produto e criação de novos postos de trabalho no País. Outra medida do programa determina que pelo menos um quarto de todas as compras feitas pela Administração Pública seja de produtos nacionais. E os empresários vão receber imediatamente os créditos relacionados à exportação, que levavam até dois anos para serem devolvidos pelo governo. O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, elogiou as iniciativas, lançadas em um momento de turbulência na economia mundial. (Monteiro) Faço uma avaliação muito positiva. Acho que é um conjunto de medidas de grande alcance, que ao meu ver respondem de maneira adequada a esse sentido de urgência que o Brasil precisa imprimir a medidas que fortaleçam o setor produtivo diante das ameaças colocadas. Acho que é um amplo leque de medidas que vão na direção correta. (Rep) O senador Inácio Arruda, do PC do B do Ceará, antecipou que as medidas provisórias serão modificadas no Congresso. Ele citou em especial a que reduz, para empresas de calçados, tecidos, móveis e de tecnologia, a contribuição previdenciária dos empregados. Neste caso, em vez de 20%, elas vão recolher apenas dois e meio por cento, cabendo ao Tesouro Nacional bancar o restante. Mas Inácio Arruda reiterou que, além de o Senado cobrar garantias maiores desse pagamento, vai ampliar ainda a lista de setores que serão beneficiados com a desoneração da folha. (Inácio) A primeira coisa é a garantia na desoneração. Temos que dar garantias aos trabalhos. Segundo problema, quando você trata da competição e inovação, você tem que ampliar o leque de setores industriais beneficiados. Um que ficou fora totalmente foi o setor de biotecnologia. (Rep) Outra medida do plano é intensificar o combate aos produtos piratas, também para preservar o mercado nacional.
02/08/2011, 05h05 - ATUALIZADO EM 02/08/2011, 05h05
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