Economista defende que bloco barre produtos de outras partes do mundo — Rádio Senado

Economista defende que bloco barre produtos de outras partes do mundo

LOC: ECONOMISTA DEFENDE, NO SENADO, QUE OS PAÍSES DO MERCOSUL BARREM, EM CONJUNTO, PRODUTOS IMPORTADOS DE OUTRAS PARTES DO MUNDO.

LOC: E O SENADOR PAULO PAIM ALERTA QUE REDUZIR ENCARGOS TRABALHISTAS NÃO É UMA BOA MEDIDA PARA MELHORAR A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA BRASILEIRA. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:

TÉC: No dia em que o governo lançou o Plano Brasil Maior, para vitaminar a indústria brasileira, a Subcomissão Permanente do Senado em Defesa do Emprego e da Previdência Social debateu a situação dos trabalhadores do setor. O presidente da subcomissão, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, está preocupado com uma das medidas do plano: a possibilidade de redução de pagamento de encargos trabalhistas em alguns segmentos da indústria. (PAIM) Toda vez que é desonerada a folha no fundo quem está pagando é o aposentado. Porque o que vai ser dito: "Não há condição de pagar o reajuste do aposentado". (REPÓRTER) Na visão dos participantes do debate, está havendo uma invasão de produtos importados no mercado brasileiro. Quando não há fechamento de postos de trabalho na indústria, ocorre a contratação de menos trabalhadores qualificados. Tadeu de Sousa, da Força Sindical, citou como exemplo o que está acontecendo no setor de automóveis. (TADEU) Está entrando carro no Brasil desmontado em caixote, a nove mil dólares, colocado no galpão e aí vêm uns trabalhadores apertar parafuso. Então, nós estamos virando apertadores de parafuso. (REPÓRTER) O economista José Carlos de Assis pintou um quadro apocalíptico: Estados Unidos e Europa, em crise, vão empurrar a produção excedente para mercados como o Brasil. (ASSIS) É simplesmente apavorante porque nós vamos ser afogados em importações. Agora não é mais chinês. É chinês, mais americano, mais europeu. (REPÓRTER) Presidente do Instituto de Estudos Estratégicos para a Integração da América do Sul, Assis afirmou que não basta segurar a queda do dólar. Ele defende barreiras comerciais para frear a onda de importados. Como o Brasil poderia ser punido pela Organização Mundial do Comércio se adotasse medidas unilaterais, ele acha que a saída seria uma ação em bloco, por meio de barreiras impostas pelos países do Mercosul. Da Rádio Senado, Adriano Faria.

LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA NA SUBCOMISSÃO EM DEFESA DO EMPREGO E DA PREVIDÊNCIA ABRIU O CICLO DE DEBATES SOBRE A INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL.

LOC: ESTÃO PREVISTAS MAIS DUAS REUNIÕES, EM SETEMBRO E EM OUTUBRO, PARA DISCUTIR A DEFESA DO MERCADO INTERNO E MEDIDAS PARA GARANTIR POSTOS DE TRABALHO PARA MULHERES E JOVENS.
02/08/2011, 01h05 - ATUALIZADO EM 02/08/2011, 01h05
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