Vacina contra cocaína é promessa para viciados em derivados da droga — Rádio Senado

Vacina contra cocaína é promessa para viciados em derivados da droga

LOC: UMA VACINA CONTRA A COCAÍNA É A NOVA PROMESSA PARA O TRATAMENTO DE VICIADOS NOS DERIVADOS DA DROGA, COMO O CRACK E O ÓXI.
 
LOC: O ANÚNCIO FOI FEITO NESTA TERÇA-FEIRA NO SENADO PELO REPRESENTANTE REGIONAL DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DROGAS E CRIME EM AUDIÊNCIA NA SUBCOMISSÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS SOBRE DEPENDENTES QUÍMICOS DE ÁLCOOL, CRACK E OUTRAS DROGAS. REPÓRTER GEORGE CARDIM.

Téc: Representantes de organismos internacionais discutiram com os senadores as experiências adotadas por outros países na luta contra o avanço das drogas e na recuperação dos viciados. O representante da Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde, Bernardino Vitoy, disse que o Brasil conta com aproximadamente 2 milhões de usuários de drogas e defendeu uma atuação conjunta de governos, entidades estrangeiras e da sociedade para combater o problema. Vitoy informou que países como os Estados Unidos, a Inglaterra e a Alemanha diminuíram o número de usuários de entorpecentes com campanhas educacionais para jovens. O representante regional das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime, Bo Mathiasen, disse que, nos últimos anos, o Brasil entrou na rota do tráfico internacional. E defendeu que a dependência química não seja encarada como um caso de polícia. Para ele, o problema deve ser tratado com medicamentos e assistência profissional especializada. Bo Mathiasen revelou que uma vacina contra a cocaína é a nova promessa para o tratamento de viciados nos derivados da droga, como o Crack e o Óxi. (Bo) "Está se desenvolvendo uma vacina que poderia imunizar principalmente jovens e pessoas vulneráveis. Já se está realizando teste em alguns países e é claro que se desenvolvesse este tipo de vacina, que poderia literalmente imobilizar e neutralizar o efeito da cocaína e seus derivados, é claro que isso poderia ser um avanço muito grande" (Cardim) A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, que presidiu a reunião, disse que as experiências bem sucedidas em outros países podem servir para orientar as políticas públicas no Brasil. (Ana) "Não há dúvida, mesmo que eu entenda que seja necessário adaptar e ajustar. Você não pode simplesmente pegar o que deu certo na Suécia e botar no Brasuil. Você tem uma outra realidade. Elas tem validade para você ver o que pode ser adaptado para a nossa realidade. Neste aspecto é extremamente relevante" (Cardim) A audiência pública foi o quarto painel do Ciclo de Debates sobre crack da Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de álcool, crack e outras drogas. Nos debates anteriores, os senadores discutiram temas como prevenção, tráfico de drogas, políticas de repressão, saúde pública e tratamento.
17/05/2011, 01h37 - ATUALIZADO EM 17/05/2011, 01h37
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