Mudanças não são consenso entre movimentos sociais — Rádio Senado

Mudanças não são consenso entre movimentos sociais

LOC: OS PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA POLÍTICA EM DEBATE NO SENADO FEDERAL NÃO TÊM CONSENSO ENTRE OS MOVIMENTOS SOCIAIS. NO ENTANTO, OS REPRESENTANTES DE ENTIDADES E SINDICATOS DEFENDERAM A APROVAÇÃO DO FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA.  

LOC: DURANTE O DEBATE NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA, NESTA SEGUNDA-FEIRA, OS CONVIDADOS APRESENTARAM SUGESTÕES PARA VALORIZAR O VOTO E APERFEIÇOAR A DEMOCRACIA. A REPORTAGEM É DE GEORGE CARDIM.  

TÉC: Os representantes de sindicatos e entidades de diversos setores da sociedade civil discutiram com os senadores da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa as principais propostas aprovadas pela Comissão Especial do Senado de Reforma Política. No entanto, as mudanças não têm consenso entre os chamados movimentos sociais, que manifestaram diferentes posições sobre temas como fidelidade partidária e a reeleição do presidente da República, governadores e prefeitos. Lourenço Prado, do Fórum Social dos Trabalhadores, criticou a adoção da lista fechada para deputados e vereadores, em que os eleitores escolhem seus candidatos em uma lista elaborada pelos partidos. (Prado) ¿Eu entendo que o aspecto democrático naquilo que se refere às listas fechadas ele deixa a desejar, especialmente aos jovens que não tem uma inserção mais profunda na vida dos partidos. Não tenha dúvida nenhuma que eles serão prejudicados e esta necessidade de renovação¿ (Cardim) Um dos temas que tiveram consenso foi o financiamento público de campanha. Para os convidados, a medida pode ajudar a combater a corrupção e equilibrar a disputa eleitoral, como explicou Maurício Ferreira, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil. (Ferreira) ¿É indiscutível, tem que ter, é fundamental, porque isso vai dar uma igualdade na disputa eleitoral. O fator econômico é uma das coisas que interfere diretamente na eleição. Com a questão do financiamento público proibindo o financiamento privado, aí sim a gente entra em uma discussão em pé de igualdade¿ (Cardim) O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, elogiou o debate e disse que a sociedade deve se mobilizar para moralizar a política. Paulo Paim também defendeu o fim do voto secreto no parlamento. (Paim) ¿Quem é homem público não tem que esconder suas posições, doa a quem doer. Não interessa se eu sou da base do governo ou não sou da base do governo. E a população lá fora que me elegeu sobre um programa que eu defendi ela tem o direito de saber também como eu estou votando. E eu que assuma as conseqüências¿ (Cardim) Os representantes dos movimentos sociais apresentaram outras sugestões para a Reforma Política, como o fim do voto obrigatório e a criação de cotas específicas para mulheres, negros e índios nas listas partidárias.
16/05/2011, 02h41 - ATUALIZADO EM 16/05/2011, 02h41
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