Sarney promete buscar solução para royalties do petróleo

LOC: OS PREFEITOS CONSEGUIRAM O COMPROMISSO DO PRESIDENTE DO SENADO PARA NEGOCIAR UMA SAÍDA SOBRE O VETO QUE TRATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS ROYALTIES DO PRÉ-SAL. LOC: ELES ENTREGARAM ABAIXO-ASSINADO AO SENADOR JOSÉ SARNEY PEDINDO QUE O DINHEIRO DO PETRÓLEO SEJA DIVIDIDO IGUALITARIAMENTE ENTRE TODOS OS ESTADOS E MUNICÍPIOS DO BRASIL. A REPORTAGEM É DE MAURÍCIO DE SANTI: A divisão igualitária dos recursos do pré-sal foi aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado. Mas o então presidente Lula não concordou com a posição do Legislativo e vetou esse item. O argumento era de que a medida prejudicaria os estados produtores de petróleo, especialmente o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Uma nova fórmula de repartição do dinheiro deveria ter sido proposta, mas até agora a negociação não avançou. Derrubar o veto é uma das principais reivindicações da 14ª Marcha dos Prefeitos. E, segundo o presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, a decisão de votar ou não a matéria depende dos líderes partidários, por isso o adiamento desta quarta-feira (SARNEY) Os líderes das duas Casas do Congresso, por sua maioria absoluta, pediram que fosse adiada a sessão para que eles pudessem examinar alguns tópicos para que eles tivessem a condição de pedir a inclusão e exclusão da pauta. (MAURÍCIO) Mas José Sarney prometeu intermediar um acordo com o governo para solucionar o impasse em torno da distribuição dos lucros do pré-sal, como informa o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski (PAULO): Se isso não ocorrer nos próximos dias, o compromisso dele é colocar o veto para votação. E aí vamos para o tudo ou nada. Ou rejeitamos o veto ou que seja mantido o veto. É importante. O peso do presidente do Senado é muito grande, se ele assumiu essa posição, eu acredito que, junto com a presidente Dilma, nós vamos tentar negociar e acertar uma proposta de transição. (MAURÍCIO) O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, disse que o assunto exige cautela (JUCÁ): Queremos que todos ganhem. Agora é preciso discutir isso com calma. (MAURÍCIO) A Confederação Nacional dos Municípios espera que o acordo sobre a distribuição do dinheiro do pré-sal seja construído em até 30 dias.