Sarney e presidente do Senado paraguaio discutem revisão do acordo de Itaipu
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO DEVE VOTAR NESTA QUINTA-FEIRA A REVISÃO DO TRATADO DE ITAIPU, QUE PREVÊ O REAJUSTE DAS TARIFAS PAGAS PELO BRASIL PELA ENERGIA EXCEDENTE COMPRADA DO PAÍS VIZINHO.
LOC: PARA O PRESIDENTE DO SENADO PARAGUAIO, O REAJUSTE NOS PREÇOS É UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA SOCIAL. A REPORTAGEM E DE HÉRICA CHRISTIAN.
O presidente do Senado, José Sarney, recebeu o presidente do Senado do Paraguai, González Daher. Na pauta, o decreto que trata da revisão do tratado de Itaipu. Pelo acordo, o governo brasileiro vai pagar mais pela energia produzida na hidrelétrica binacional. O novo valor será três vezes maior que o atualmente repassado pelo governo brasileiro; o Paraguai receberá 360 milhões de dólares por ano pela cessão de energia para o Brasil. José Sarney defendeu a revisão do acordo e lembrou que as negociações foram feitas na década de 70, data da construção da hidrelétrica, uma empreitada dos dois países. (Sarney) Há uma reação contra fazermos qualquer concessão. Não podemos ser tão radicais. Temos que ser realistas e devemos ter o sentido de que o Brasil ocupa outro patamar internacional e não pode ver estas questões somente a partir do seu interesse. Mas também do interesse coletivo e da integração da América do Sul. REP: O presidente do Senado do Paraguai, González Daher, ressaltou a importância social da revisão das tarifas pagas pelo Brasil. (Daher) Estamos certos de que com o acordo vamos melhorar a saúde e a educação no Paraguai. São os ganhos que serão usados em benefício da saúde, da educação, enfim, das ações sociais. REP: A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, é a relatora do projeto na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Ela assegurou que o aumento do valor pago pela energia paraguaia não vai implicar reajuste na conta de luz dos brasileiros. (Gleisi) Quem vai pagar é o Tesouro brasileiro e sairá de um fundo destinado à equalização de preços. A Itaipu opera em dólares e tem um fundo para equalizar perdas e prejuízos. Vai desse fundo. Se tivesse impacto, se fosse dividido pelos consumidores, o impacto seria de 0,01% na conta do consumidor. Portanto, um valor absolutamente individual. REP: A revisão do valor da energia comprada pelo Brasil foi assinada pelo ex-presidente Lula e pelo presidente paraguaio Fernando Lugo em 2007, e já foi aprovada pela Câmara dos Deputados. O vice-líder do PT no Senado, João Pedro, do Amazonas, pediu urgência para a proposta e lembrou que a presidente Dilma Rousseff deverá viajar para o Paraguai em maio, quando gostaria de entregar o tratado aprovado pelo Congresso Nacional.
LOC: PARA O PRESIDENTE DO SENADO PARAGUAIO, O REAJUSTE NOS PREÇOS É UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA SOCIAL. A REPORTAGEM E DE HÉRICA CHRISTIAN.
O presidente do Senado, José Sarney, recebeu o presidente do Senado do Paraguai, González Daher. Na pauta, o decreto que trata da revisão do tratado de Itaipu. Pelo acordo, o governo brasileiro vai pagar mais pela energia produzida na hidrelétrica binacional. O novo valor será três vezes maior que o atualmente repassado pelo governo brasileiro; o Paraguai receberá 360 milhões de dólares por ano pela cessão de energia para o Brasil. José Sarney defendeu a revisão do acordo e lembrou que as negociações foram feitas na década de 70, data da construção da hidrelétrica, uma empreitada dos dois países. (Sarney) Há uma reação contra fazermos qualquer concessão. Não podemos ser tão radicais. Temos que ser realistas e devemos ter o sentido de que o Brasil ocupa outro patamar internacional e não pode ver estas questões somente a partir do seu interesse. Mas também do interesse coletivo e da integração da América do Sul. REP: O presidente do Senado do Paraguai, González Daher, ressaltou a importância social da revisão das tarifas pagas pelo Brasil. (Daher) Estamos certos de que com o acordo vamos melhorar a saúde e a educação no Paraguai. São os ganhos que serão usados em benefício da saúde, da educação, enfim, das ações sociais. REP: A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, é a relatora do projeto na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Ela assegurou que o aumento do valor pago pela energia paraguaia não vai implicar reajuste na conta de luz dos brasileiros. (Gleisi) Quem vai pagar é o Tesouro brasileiro e sairá de um fundo destinado à equalização de preços. A Itaipu opera em dólares e tem um fundo para equalizar perdas e prejuízos. Vai desse fundo. Se tivesse impacto, se fosse dividido pelos consumidores, o impacto seria de 0,01% na conta do consumidor. Portanto, um valor absolutamente individual. REP: A revisão do valor da energia comprada pelo Brasil foi assinada pelo ex-presidente Lula e pelo presidente paraguaio Fernando Lugo em 2007, e já foi aprovada pela Câmara dos Deputados. O vice-líder do PT no Senado, João Pedro, do Amazonas, pediu urgência para a proposta e lembrou que a presidente Dilma Rousseff deverá viajar para o Paraguai em maio, quando gostaria de entregar o tratado aprovado pelo Congresso Nacional.
