Escolas não podem virar presídios, diz presidente da Ubes — Rádio Senado

Escolas não podem virar presídios, diz presidente da Ubes

LOC: NÃO QUEREMOS QUE NOSSAS ESCOLAS SE TRANSFORMEM EM PRESÍDIOS. FOI O QUE AFIRMOU NESTA SEGUNDA-FEIRA O PRESIDENTE DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESTUDANTES SECUNDARISTAS, YANN EVANOVICK. ELE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA SOBRE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS. 

LOC: A AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLACÃO PARTICIPATIVA HAVIA SIDO PROGRAMADA ANTES DO CRIME NO RIO DE JANEIRO. MAS A MORTE DE 12 CRIANÇAS EM SALA DE AULA POR UM EX-ALUNO CHAMOU MAIS ATENÇÃO PARA A NECESSIDADE DO DEBATE. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

Os seis debatedores concluíram que isolar as escolas não vai diminuir a violência contra professores, ou mesmo o bullying, em que alunos submetem seus colegas a agressões físicas ou psicológicas. Foi o que afirmou Yann Evanovick, presidente da União Brasileira De Estudantes Secundaristas, UBES. (YANN - 10:26) não concordamos com essa lógica de transformar escola em presídio, não vai ser isso que vai resolver os problemas sociais. a escola pública brasileira tem que passar por um processo de afirmação de valores, valores coletivos, de respeito. (REP) Ele anunciou que a UBES e a UNE vão sugerir ao Ministério da Educação que promova uma caravana pela paz nas escolas em todo o país, incentivando o debate entre professores, alunos e pais. O senador Paulo Paim, do PT Gaucho, presidente da Comissão de Direitos Humanos, concordou com a necessidade de maior integração da escola com a comunidade (PAIM) tem que haver investimento no social e na integração, e não simplesmente querer cada vez mais botar cerca elétrica e muro nas escolas. (REP) Rosilene Correa, do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, disse que os professores não estão preparados para lidar com situações de agressão, que só têm aumentado. Antonio Lisboa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, salientou que a escola recebe toda a violência social de fora do ambiente escolar (ANTONIO LISBOA) o melhor caminho para diminuir a violência é o contrário, é abrir a escola para a comunidade escolar, é fazer com que a sociedade se sinta dona, partícipe da administração da escola. (REP) Luciano Lírio, da Sociedade de Psicanálise de Brasília, falou da necessidade de valorizar a autoridade de pais e professores, e de ensinar os alunos a lidar com suas frustrações (LUCIANO - 9:37 ) a família vem perdendo espaço na formação dos filhos...falta diálogo entre os famílias, cada um no seu mundo, sem trocas afetivas. essas crianças que não desenvolvem capacidade para lidar com seus impulsos tendem a levar para o ambiente escolar suas dificuldades emocionais, podendo agredir professores e colegas (REP) A audiência foi acompanhada por estudantes de uma escola publica do Distrito Federal.  

LOC: TAMBÉM PARTICIPARAM DO DEBATE O REPRESENTANTE DA UNESCO, PAOLO FONTANE; O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA, ANTÔNIO GERALDO; E A SUBSECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E DIREITOS HUMANOS DO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, GÍCIA FALCÃO.
18/04/2011, 01h32 - ATUALIZADO EM 18/04/2011, 01h32
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