Plano do governo para universalizar prevenção repercute no Senado — Rádio Senado

Plano do governo para universalizar prevenção repercute no Senado

LOC: O PLANO DO GOVERNO PARA UNIVERSALIZAR A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA E DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO NO PAÍS REPERCUTIU NO SENADO. LOC: PARA A SENADORA ANA AMÉLIA, DO PP DO RIO GRANDE DO SUL, É PRECISO MELHORAR A ATUAL GESTÃO DO SETOR. MARINOR BRITO, DO PSOL DO PARÁ, ENTENDE QUE A PREVENÇÃO DO CÂNCER É ESSENCIAL PARA SALVAR VIDAS. O plano anunciado pela presidente Dilma Roussef prevê que todas as mulheres de 25 a 59 anos tenham acesso garantido a exames preventivos que detectem o câncer de mama ou do colo de útero. De acordo com o plano, que tem o custo total de 4 bilhões e 500 milhões de reais, haverá investimentos na melhoria da gestão e a implantação de 20 novos centros especializados em diagnósticos e tratamentos, principalmente no norte e no nordeste, consideradas as regiões mais carentes deste tipo de política pública. O plano também prevê outros 50 novos centros de confirmação de diagnósticos, com a possibilidade de realização de biópsias. Uma força-tarefa também será criada para assegurar que todos os mamógrafos estejam em funcionamento. A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, reclamou da má gestão existente no setor. (ANA AMELIA): Nós temos uma Lei que obriga que as mulheres acima de 40 anos tenham direito ao exame de mamografia, e tem mamógrafos estragados em todo o Brasil, o que é uma vergonha. Então é preciso ter uma fiscalização e uma gestão sobre estes programas, que são urgentemente necessários. Prevenção é a salvação especialmente em doenças como o câncer, não só de colo, mas também o câncer de mama. (REP) A presidente Dilma pretende com o plano incentivar os exames preventivos, que, a seu ver, foram fundamentais para que ela mesma superasse um câncer em 2009. Também a senadora Marinor Brito do PSOL do Pará venceu um câncer, e fala agora sobre o plano. (MARINOR BRITO): Há de se tomar rumos no sentido de colocar mais recursos sim, porque o recurso é insuficiente. Eu espero porque as mulheres brasileiras não podem continuar morrendo de doenças que são perfeitamente preveníveis, e assim como a presidenta Dilma se salvou de um câncer, eu tive a oportunidade também de me salvar de um câncer, as mulheres brasileiras filhas da classe trabalhadora tem o direito também. (REP) Marinor Brito também acredita que aumentar os investimentos no setor não será suficiente, se não houver um forte combate ao desvio de verbas na área da saúde. Marinor lembra que apenas em Belém, a capital do Pará, existem mais de 30 ações por improbidade administrativa na área da saúde.
22/03/2011, 03h29 - ATUALIZADO EM 22/03/2011, 03h29
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