Congresso deve discutir Plano Nacional de Educação neste ano

LOC: O CONGRESSO NACIONAL DEVE DISCUTIR ESSE ANO O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, PROPOSTA ENVIADA PELO GOVERNO QUE PREVÊ UMA SÉRIE DE METAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO NO PAÍS. LOC: DADOS DO CENSO ESCOLAR DE 2009 MOSTRAM QUE O ÍNDICE DE DEFASAGEM ESCOLAR AINDA É ALTO NO BRASIL. Um levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação, com base no Censo Escolar de 2009, mostra que a cada 100 alunos do ensino médio, 34 estão atrasados na relação idade-série. Já no ensino fundamental, o índice de defasagem é de 23 por cento. As regiões Norte e Nordeste são as que registram o maior atraso. Pará, Sergipe, Bahia, Alagoas, Amazonas, Pernambuco e Piauí são os estados com maior defasagem. No Pará, por exemplo, o índice de defasagem no ensino médio é de 58,3 por cento, ou seja, mais da metade dos estudantes não estão na série adequada. Já na região Sudeste, o Rio de Janeiro possui o pior desempenho. Quarenta e um por cento dos jovens do ensino médio estão atrasados. Para o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, a causa do atraso dos alunos está na má qualidade das escolas. (CRISTOVAM) Na escola ruim, o aluno não se anima a estudar, o aluno não gosta da escola, o aluno não freqüenta a escola. Segundo, a pobreza. A criança estuda um dia, no outro trabalha. Leva a escola sem o rigor necessário. (PAULA) O senador Wellinton Dias, do PT do Piauí, concorda que o investimento na educação é fundamental, mas segundo ele, os bons resultados só aparecem anos depois. (WELINTON) O Piauí foi o estado que mais cresceu no pré-escolar, no ensino fundamental, médio e superior. A educação é sempre feita no longo prazo. Não é no dia que você abre uma escola que já resolveu. Eu acredito que nós estamos no rumo certo. Agora nós só vamos colher esse resultado de chegar à média nacional, eu diria até 2022. (Paula) Um dos assuntos que estará na pauta do Congresso este ano é o Plano Nacional de Educação, enviado ao Congresso pelo governo federal. A proposta vai reger todas as medidas da Educação no Brasil de 2011 a 2020. Entre as vinte metas previstas no Plano está a ampliação do investimento público em Educação até atingir o patamar mínimo de 7% do produto interno bruto do País. Outra meta é elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos.