Congresso pode receber do governo proposta no mês que vem

O CONGRESSO PODE RECEBER DO GOVERNO UMA PROPOSTA DE MINI REFORMA TRIBUTÁRIA JÁ NO MÊS QUE VEM. A IDÉIA, QUE PODERIA SIMPLIFICAR O PROCESSO E AGILIZAR A VOTAÇÃO PELOS PARLAMENTARES, FOI BEM RECEBIDA POR DOIS DOS NOVOS SENADORES. A Reforma Tributária continua de pé, mas num primeiro momento pode dar lugar a um conjunto de projetos que visam aliviar a carga de impostos das empresas e aumentar a competitividade. A ideia é discutida no Palácio do Planalto e pode resultar em propostas a serem apresentadas no Congresso já em fevereiro, quando começa a nova Legislatura na Câmara e no Senado. A iniciativa foi elogiada pelo senador eleito por Pernambuco, Humberto Costa, que será o líder da bancada petista no Senado. Para Humberto Costa, medidas como essas não anulam a necessidade de reforma tributária, mas vão desafogar a folha de pagamento das empresas e melhorar a posição da indústria brasileira frente à concorrência internacional: m(Humberto Costa) Reduzir o peso dos encargos sobre a folha de pagamento é uma coisa extremamente importante pra permitir uma melhoria no custo de nossos produtos e assim dar maior competitividade lá fora e aqui dentro, as mudanças sobre o ICMS vão favorecer a implantação de novos investimentos, de forma que eu acho que ainda que as medidas sejam muito limitadas num primeiro momento elas serão muito positivas e o Senado vai trabalhar para aprová-las. Outro senador que toma posse em primeiro de fevereiro, Roberto Requião, do PMDB, aposta tudo no apoio à indústria nacional. Mas, além da redução de impostos, ele defende a queda de juros. Para Requião, o Brasil precisa investir cada vez mais no setor produtivo, em vez de privilegiar a especulação: (Roberto Requião) nós temos que reduzir os impostos, reduzir a carga tributária sobre a folha e reduzir os juros. O custo Brasil é o custo dos juros que beneficia o capital financeiro, que a gente chama de capital vadio, que não produz um botão, não produz uma camisa, e vive na especulação. A proposta em estudo no Governo é linear, ou seja, valeria para todos os setores da indústria. Entre os principais itens está a redução do percentual de contribuição descontado para a Previdência e Educação. O resultado desse estudo é aguardado para o início de fevereiro.