Senadora eleita defende privatização de novos terminais — Rádio Senado

Senadora eleita defende privatização de novos terminais

A SENADORA ELEITA PELO PARANÁ, GLEISE HOFFMANN, DO PT, DEFENDEU A PRIVATIZAÇÃO DE NOVOS TERMINAIS PARA DESAFOGAR OS AEROPORTOS E TESTAR UM NOVO TIPO DE ADMINISTRAÇÃO. A MEDIDA É ESTUDADA PELO GOVERNO E PODE VIRAR MEDIDA PROVISÓRIA AINDA NESSE MÊS. Que a situação nos principais aeroportos brasileiros é crítica, todo muito sabe. Mas especialistas advertem que pode piorar. De um lado, o aumento do poder aquisitivo da classe média, que fez disparar o número de passageiros; de outro, a lentidão da Infraero, que em 2010 não conseguiu aplicar nem um terço dos recursos previstos para obras pelo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. O resultado, segundo o IPEA, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, é que oito dos 12 aeroportos das cidades que vão sediar a Copa de 2014 já estão no limite da capacidade. O passageiro sente isso na prática, com atrasos e cancelamentos de vôos. E para 2011, espera-se um movimento ainda maior nos saguões e salas de espera: serão 160 milhões de pessoas, 50 milhões a mais do que os aeroportos conseguem atender. Para enfrentar esse problema, a presidente Dilma Rousseff cogita editar medida provisória que abre para a iniciativa privada a administração de novos terminais. São Paulo seria o primeiro estado a testar a novidade, que deve incluir construção e administração privadas e concessão de uso às empresas pelo prazo de 20 anos. A senadora eleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, do PT, apoia a medida. (Gleisi Hoffman) É bom pro PIS isso, é até importante dizer que você não pode privatizar um aeroporto inteiro. Nossa legislação só permite que você privatize terminais aeroportuários. Eu acho que é uma oportunidade que o Brasil tem para testar a eficiência da iniciativa privada em resposta à situação de demanda de passagens aéreas, vem aí a Copa, as Olimpíadas. Eu sou totalmente favorável e acho que a gente tem que abrir. (Nilo) A Infraero, órgão que administra os aeroportos no Brasil, se defende. Ela nega que os aeroportos estejam à beira de um colapso. Segundo a empresa, nos últimos quatro finais de ano houve previsões de caos aéreo no Brasil, mas nenhuma das previsões se concretizou e, apesar do movimento intenso, em razão do período de férias, os vôos chegaram aos destinos com segurança. Uma eventual medida provisória mudando a política de administração dos aeroportos deverá ser analisada pela nova Legislatura do Congresso, que se inicia no dia primeiro de fevereiro.
04/01/2011, 06h25 - ATUALIZADO EM 04/01/2011, 06h25
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