Mão Santa defende mandato exclusivo para parlamentares do Parlasul
LOC: O SENADOR MÃO SANTA DEFENDE MUDANÇAS NA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA NO PARLAMENTO DO MERCOSUL A PARTIR DE JANEIRO DE 2011: DEPUTADOS E SENADORES COM MANDATO NO CONGRESSO NÃO PODERIAM FAZER PARTE DO PARLASUL.
LOC: JÁ A SENADORA MARISA SERRANO ACHA QUE A REPRESENTAÇÃO EXCLUSIVA SÓ DEVE ACONTECER COM A ELEIÇÃO DIRETA DOS PARLAMENTARES DO MERCOSUL, PREVISTA PARA 2012.
Escolhidos pelo Congresso, os deputados e senadores que representam o Brasil no Parlamento do Mercosul têm mandato naquele legislativo até 31 de dezembro deste ano. Mas a representação brasileira quer que o Congresso aprove um projeto de resolução estendendo o mandato até 31 de janeiro de 2011. Isso evitaria que o Brasil ficasse sem representantes no Parlasul até a posse dos senadores e deputados eleitos em 2010, para que dentre eles sejam escolhidos os integrantes da nova bancada no Parlamento do Mercosul. O senador Mão Santa, do PSC do Piauí, que não foi reeleito, é contra essa ideia. Ele defende a aplicação do Protocolo do Mercosul, que prevê a escolha de representantes exclusivos para o Parlamento a partir de 2011. Em discurso no Plenário do Senado, Mão Santa disse que a presença de deputados e senadores com mandato no Congresso enfraquece a representação brasileira no Parlasul, que tem sede em Montevidéu, no Uruguai. (MÃO SANTA) O Parlasul existe. Ele está fraco e frágil pela maneira com que o Brasil o está tratando: como um bico, como um passeio, como uma ida, ali, ao cassino e a Punta Del Este, sem responsabilidade e sem exclusividade. (REPÓRTER) A senadora Marisa Serrano, do PSDB de Mato Grosso do Sul, é integrante do Parlamento do Mercosul e tem mandato no Senado até 2015. Ela acha inviável formar agora a bancada brasileira no Parlasul sem deputados e senadores eleitos. Isso envolveria ter uma estrutura exclusiva para esses representantes, o que só deve ocorrer, na opinião dela, em 2012, quando está prevista a eleição direta dos brasileiros que farão parte do Parlasul. (MARISA) Hoje em dia, nos quatro anos em que nós somos parlamentares, a nossa estrutura era a mesma da nossa estrutura como senador: o mesmo gabinete, toda a parte de consultoria, o mesmo do Senado. Agora, os novos parlamentares vão ter que ter essa estrutura, que eu não sei se o Congresso tem condições de um aporte de 37 novos parlamentares com uma estrutura nova na Casa. (REPÓRTER) Atualmente, a bancada brasileira no Parlasul tem 18 integrantes: nove senadores e nove deputados. Mas a proposta é que a partir de 2011 ela cresça para 37 parlamentares. Já em 2012, devem ser eleitos por voto direto 75 representantes para o Parlamento do Mercosul. A escolha seria no mesmo dia das eleições municipais.
LOC: JÁ A SENADORA MARISA SERRANO ACHA QUE A REPRESENTAÇÃO EXCLUSIVA SÓ DEVE ACONTECER COM A ELEIÇÃO DIRETA DOS PARLAMENTARES DO MERCOSUL, PREVISTA PARA 2012.
Escolhidos pelo Congresso, os deputados e senadores que representam o Brasil no Parlamento do Mercosul têm mandato naquele legislativo até 31 de dezembro deste ano. Mas a representação brasileira quer que o Congresso aprove um projeto de resolução estendendo o mandato até 31 de janeiro de 2011. Isso evitaria que o Brasil ficasse sem representantes no Parlasul até a posse dos senadores e deputados eleitos em 2010, para que dentre eles sejam escolhidos os integrantes da nova bancada no Parlamento do Mercosul. O senador Mão Santa, do PSC do Piauí, que não foi reeleito, é contra essa ideia. Ele defende a aplicação do Protocolo do Mercosul, que prevê a escolha de representantes exclusivos para o Parlamento a partir de 2011. Em discurso no Plenário do Senado, Mão Santa disse que a presença de deputados e senadores com mandato no Congresso enfraquece a representação brasileira no Parlasul, que tem sede em Montevidéu, no Uruguai. (MÃO SANTA) O Parlasul existe. Ele está fraco e frágil pela maneira com que o Brasil o está tratando: como um bico, como um passeio, como uma ida, ali, ao cassino e a Punta Del Este, sem responsabilidade e sem exclusividade. (REPÓRTER) A senadora Marisa Serrano, do PSDB de Mato Grosso do Sul, é integrante do Parlamento do Mercosul e tem mandato no Senado até 2015. Ela acha inviável formar agora a bancada brasileira no Parlasul sem deputados e senadores eleitos. Isso envolveria ter uma estrutura exclusiva para esses representantes, o que só deve ocorrer, na opinião dela, em 2012, quando está prevista a eleição direta dos brasileiros que farão parte do Parlasul. (MARISA) Hoje em dia, nos quatro anos em que nós somos parlamentares, a nossa estrutura era a mesma da nossa estrutura como senador: o mesmo gabinete, toda a parte de consultoria, o mesmo do Senado. Agora, os novos parlamentares vão ter que ter essa estrutura, que eu não sei se o Congresso tem condições de um aporte de 37 novos parlamentares com uma estrutura nova na Casa. (REPÓRTER) Atualmente, a bancada brasileira no Parlasul tem 18 integrantes: nove senadores e nove deputados. Mas a proposta é que a partir de 2011 ela cresça para 37 parlamentares. Já em 2012, devem ser eleitos por voto direto 75 representantes para o Parlamento do Mercosul. A escolha seria no mesmo dia das eleições municipais.