Relator pede confirmação da existência de receita extra de R$ 7 bilhões
LOC: O RELATOR DO ORÇAMENTO ESPERA UM AUMENTO DE SETE BILHÕES DE REAIS NA RECEITA PARA ATENDER AOS PEDIDOS DE ÚLTIMA HORA.
LOC: MAS O MINISTRO DO PLANEJAMENTO DESCARTOU UM REAJUSTE MAIOR QUE R$ 30 REAIS PARA O SALÁRIO MÍNIMO NO ANO QUE VEM.
O relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello, do PTB do Distrito Federal, pediu ao Ministério do Planejamento que confirme a existência de uma receita extra de 7 bilhões e 200 milhões de reais por ano. Os recursos do programa de refinanciamento de dívidas tributárias e previdenciárias de empresas não foram contabilizados na receita geral do Orçamento de 2011. Segundo o senador, esse possível dinheiro "extra" poderá se somar à reestimativa de receita já calculada em 17 bilhões de reais. Gim Argello afirmou que esses recursos serão usados para atender às demandas do Orçamento, como repasses para os estados exportadores e reajustes salariais do funcionalismo. Mas questionado sobre o uso desse dinheiro em um reajuste maior do salário mínimo, o relator do Orçamento disse que ainda vai conversar com as centrais sindicais, que querem um piso de R$ 580. Gim Argello destacou que é necessário um acordo para a tentativa de uma correção acima dos R$ 30. De qualquer maneira, Gim Argello antecipou que ainda não definiu para onde serão destinados os recursos da reestimativa de receita. (Gim) Se você colocar os R$ 540, somente o aumento de R$ 1,85, o que é pouco, aumenta as despesas em R$ 540 milhões. Se numa negociação apertada subirmos R$ 5, estamos falando em mais R$ 1,5 bilhão. Os números são espantosos. Isso não está cabendo. Qual é o tamanho do cobertor? O cobertor só está cobrindo até o joelho e se você apertar mais ainda não tem como cobrir. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que não há recursos para um mínimo maior do que R$ 540. Segundo ele, a presidente eleita, Dilma Rousseff, estaria disposta a uma correção superior à inflação. Mas Paulo Bernardo não aceita o argumento das centrais sindicais de que é necessário antecipar o crescimento de 7,5% de 2010 no lugar da taxa de 2009, que foi de zero devido à crise financeira. O ministro ressaltou, no entanto, que essa será uma decisão política. (Paulo Bernardo) Temos um critério e uma política para o salário, que está dando certo. O aumento foi de quase 60% em termos reais. Achamos que o melhor é manter essa política. O nó é que como não houve crescimento econômico em 2009, todo mundo quer fazer uma exceção no ano que vem. Seria a reposição da inflação sem ganho real. Acho que é uma discussão que será feita de forma política. Não vai ser o Ministério do Planejamento ou da Previdência que vai resolver. Repórter: O relator do Orçamento se reune nos próximos dias com os sindicalistas e com a equipe econômica para definir se o reajuste será de R$ 30 ou maior. Em seguida, Gim Argello levará a proposta para o presidente Lula e para a presidente eleita, Dilma Rousseff.
LOC: MAS O MINISTRO DO PLANEJAMENTO DESCARTOU UM REAJUSTE MAIOR QUE R$ 30 REAIS PARA O SALÁRIO MÍNIMO NO ANO QUE VEM.
O relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello, do PTB do Distrito Federal, pediu ao Ministério do Planejamento que confirme a existência de uma receita extra de 7 bilhões e 200 milhões de reais por ano. Os recursos do programa de refinanciamento de dívidas tributárias e previdenciárias de empresas não foram contabilizados na receita geral do Orçamento de 2011. Segundo o senador, esse possível dinheiro "extra" poderá se somar à reestimativa de receita já calculada em 17 bilhões de reais. Gim Argello afirmou que esses recursos serão usados para atender às demandas do Orçamento, como repasses para os estados exportadores e reajustes salariais do funcionalismo. Mas questionado sobre o uso desse dinheiro em um reajuste maior do salário mínimo, o relator do Orçamento disse que ainda vai conversar com as centrais sindicais, que querem um piso de R$ 580. Gim Argello destacou que é necessário um acordo para a tentativa de uma correção acima dos R$ 30. De qualquer maneira, Gim Argello antecipou que ainda não definiu para onde serão destinados os recursos da reestimativa de receita. (Gim) Se você colocar os R$ 540, somente o aumento de R$ 1,85, o que é pouco, aumenta as despesas em R$ 540 milhões. Se numa negociação apertada subirmos R$ 5, estamos falando em mais R$ 1,5 bilhão. Os números são espantosos. Isso não está cabendo. Qual é o tamanho do cobertor? O cobertor só está cobrindo até o joelho e se você apertar mais ainda não tem como cobrir. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que não há recursos para um mínimo maior do que R$ 540. Segundo ele, a presidente eleita, Dilma Rousseff, estaria disposta a uma correção superior à inflação. Mas Paulo Bernardo não aceita o argumento das centrais sindicais de que é necessário antecipar o crescimento de 7,5% de 2010 no lugar da taxa de 2009, que foi de zero devido à crise financeira. O ministro ressaltou, no entanto, que essa será uma decisão política. (Paulo Bernardo) Temos um critério e uma política para o salário, que está dando certo. O aumento foi de quase 60% em termos reais. Achamos que o melhor é manter essa política. O nó é que como não houve crescimento econômico em 2009, todo mundo quer fazer uma exceção no ano que vem. Seria a reposição da inflação sem ganho real. Acho que é uma discussão que será feita de forma política. Não vai ser o Ministério do Planejamento ou da Previdência que vai resolver. Repórter: O relator do Orçamento se reune nos próximos dias com os sindicalistas e com a equipe econômica para definir se o reajuste será de R$ 30 ou maior. Em seguida, Gim Argello levará a proposta para o presidente Lula e para a presidente eleita, Dilma Rousseff.