ONU aprova resolução contra embargo americano a Cuba — Rádio Senado

ONU aprova resolução contra embargo americano a Cuba

LOC: A ASSEMBLEIA GERAL DA ONU APROVOU NOVA RESOLUÇÃO QUE PEDE O FIM DO EMBARGO ECONÔMICO E COMERCIAL DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA CUBA. LOC: A VOTAÇÃO NAS NAÇÕES UNIDAS, NA ÚLTIMA TERÇA-FEIRA, OCORREU UM DIA DEPOIS DE OS CHANCELERES DA UNIÃO EUROPEIA DECIDIREM REESTABELECER RELAÇÕES POLÍTICAS E DIPLOMÁTICAS COM O GOVERNO EM HAVANA. LOC: PARA O SENADOR GERALDO MESQUITA JUNIOR, HÁ MUITO O EMBARGO É UMA MEDIDA FORA DE ÉPOCA. TÉC: O embargo foi imposto pelos EUA em 1962, em plena guerra-fria, com o objetivo de derrubar Fidel Castro após a revolução cubana de 1959. O bloqueio envolve restrições econômicas, financeiras, políticas e diplomáticas. Nos últimos dezenove anos, a Assembleia Geral da ONU foi convocada anualmente para analisar o pedido de Cuba. Nas ocasiões anteriores, a maioria dos membros da ONU apoiou o fim do embargo. Desta vez, foram 187 votos a favor, dois votos contra, dos Estados Unidos e de Israel, e três abstenções, das Ilhas Marshall, da República de Palau e da Micronésia. O texto aprovado exige o fim do que os países qualificam como anacronismo cruel da Guerra Fria que prejudica apenas pessoas comuns. O embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora, disse que o bloqueio constitui o principal obstáculo para o desenvolvimento econômico e social de Cuba. E que é inconcebível que dois países vizinhos como Cuba e Estados Unidos não possam ter relações econômicas, comerciais e culturais. Pelos dados oficiais de Cuba, o embargo imposto há 48 anos causou prejuízos de cerca de 751 bilhões e 300 milhões de dólares até dezembro de 2009. O senador Geraldo Mesquita Junior, do PMDB do Acre, membro do Parlamento do Mercosul e da Comissão de Relações Exteriores do Senado, espera que esta seja a última resolução da ONU sobre esta questão. (MESQUITA) anacrônico, retrógrado, que não se justifica mais. Estados Unidos e Israel devem se curvar à unanimidade quase do concerto das nações, que não vêem isso mais como um instrumento de relação internacional. Se antes se justificava, hoje não se justifica mais...Torço para que essa seja a última resolução da ONU a tratar do assunto, e que ela seja efetivamente cumprida. (REP) Para evitar o agravamento da crise, Cuba anunciou recentemente a abertura do mercado de trabalho, a demissão de cerca de 500 mil funcionários públicos e a aproximação com a União Europeia. No ano passado, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou novas normas para aliviar o embargo contra Cuba, flexibilizando as restrições de viagens e de envio de dinheiro para o país caribenho. Mas o presidente Barak Obama afirmou que não suspenderia o embargo até que as autoridades em Havana mostrassem avanços em matéria de direitos humanos.
29/10/2010, 00h26 - ATUALIZADO EM 29/10/2010, 00h26
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