Mario Negrão, Dom Salvador e Claudette Soares
No Improviso desta semana vamos escutar o sofisticado samba jazz do baterista Mario Negrão. Ouviremos algumas peças de seu álbum Xeque Mate, editado em 2022, pelo selo Kuarup. O disco celebra os 50 anos de carreira desse músico, que já dividiu estúdio e palco com quase todos os grandes artistas da música brasileira, como Baden Powell, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Egberto Gismonti, Quarteto em Cy, Claudette Soares, entre tantos outros.
A bateria de Mário Negrão segue o estilo do samba no prato, desenvolvido pelo mítico baterista Edson Machado, que deu origem à batida do samba jazz. Edson Machado é a principal inspiração de todas as gerações posteriores de bateristas brasileiros, junto com Milton Banana, que criou a batida da bossa nova, tocando com João Gilberto.
Ouviremos também a bateria de Edson Machado no Rio 65 Trio, sob a liderança do pianista Dom Salvador, acompanhado pelo baixo de Sergio Barrozo. Tudo junto e misturado, já que o baixista Sergio Barrozo participa no disco de Mario Negrão, gravado quase 60 anos depois do Rio 65 Trio. E Dom Salvador faz o arranjo para um dos temas compostos por Negrão, justamente em homenagem ao veterano pianista.
E teremos ainda a voz suave e doce da cantora Claudette Soares cantando os primeiros clássicos da bossa nova. São músicas gravadas em seu segundo álbum, que se chama apenas Claudette Soares, editado pelo selo Mocambo, em 1965.
*Originalmente veiculado em 01/09/23
Seleção
1 – Xeque Mate
2 – Samba Livre
3 – Chuva
4 – Perfume Barato
5 – Café do Dom
6 – Meu Fraco é Café Forte
7 – Vivo Sonhando
8 – Fogo de Palha
9 – Tem Dó
10 – Tristeza de Nós Dois
11 – Maria Sem Vergonha
12 – Razão de Viver
13 – Farjuto