16 - O Senado e a Proclamação da República
A Guerra do Paraguai e a abolição da escravatura foram cruciais no desgaste e posterior queda da monarquia. A abolição afastou do Imperador a elite rural, que se sentiu prejudicada por não receber indenizações. E a Guerra do Paraguai gerou uma grande insatisfação no Exército, que se sentia desvalorizado. Dois outros fatores contribuíram para o fim da monarquia: a falta de um sucessor para Dom Pedro II e a crise nas relações entre Igreja e governo, por causa da decisão de dois bispos de punir maçons ligados ao Império.
Os republicanos, que ganhavam cada vez mais aliados em todo o País, aproveitam o desgaste da monarquia para editar o Manifesto Republicano, que pregava, entre outras ideias, a transformação do País de Estado unitário para Estado federal.
A tentativa de reversão do quadro pró-república foi tímida dentro do governo. Em meio a uma crise política, o gabinete ministerial presidido pelo senador Barão de Cotegipe cai em maio de 1889. Chama atenção no episódio a dificuldade de Dom Pedro II em formar um novo gabinete. Três senadores convidados recusam ou desistem da tarefa, que cabe a um quarto senador, o Visconde de Ouro Preto. Ele seria o último presidente do Conselho de Ministros do Império, já que no dia 15 de novembro, o Marechal Deodoro da Fonseca proclama a República no Brasil. Com isso, o Senado sofre uma alteração profunda em sua estrutura. As mudanças viriam a ser consolidadas pela Constituição de 1891.
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