O uso dos pronomes possessivos seu e sua, muitas vezes, provoca duplo sentido. Fique atento, então, para o leitor ou ouvinte não entender errado.

Veja o exemplo:

Renan pediu que a CCJ examinasse sua decisão sobre pedidos de CPIs.

A decisão é de quem: de Renan ou da CCJ? É melhor deixar claro:

Renan pediu que a CCJ examinasse a decisão dele sobre pedidos de CPIs.

Dependendo do contexto, bastaria:

Renan pediu que a CCJ examinasse a decisão sobre pedidos de CPIs.

Outro exemplo:

Pela liderança do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) encaminhou favoravelmente a proposta e prometeu empenhar-se para seu rápido envio à Câmara dos Deputados.

Pela liderança do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) encaminhou favoravelmente a proposta e prometeu empenhar-se para o rápido envio do texto à Câmara dos Deputados.

Em alguns casos, o uso do pronome possessivo é dispensável. Assim, se não faz falta à oração, corte-o e deixe a redação mais clara:

O senador ainda citou as discussões sobre a guerra fiscal e as compensações para os estados, prevista na MP 599, que acabou perdendo sua validade.

O senador ainda citou as discussões sobre a guerra fiscal e as compensações para os estados, prevista na MP 599, que acabou perdendo a validade.

A estrada que é considerada a espinha dorsal, uma rodovia federal que vai de norte a sul do Amapá, está inacabada. Segundo o senador, faltam para sua conclusão 110 quilômetros ao norte e mais 240 quilômetros ao sul.

A estrada que é considerada a espinha dorsal, uma rodovia federal que vai de norte a sul do Amapá, está inacabada. Segundo o senador, faltam para a conclusão 110 quilômetros ao norte e mais 240 quilômetros ao sul.

O diplomata observou que o país, apesar de sua (da) forte inserção no comércio internacional, permanece apenas como observador na Organização Mundial do Comércio (OMC).