Relatório da IFI de março analisa implicações de nova emenda constitucional — Rádio Senado
Economia

Relatório da IFI de março analisa implicações de nova emenda constitucional

Relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI) do mês de março traz análise da nova emenda constitucional (EC 109) que permitiu o auxílio emergencial e também obriga procedimentos na administração pública, caso haja aumento dos gastos obrigatórios. Texto traz ainda previsão de aumento de arrecadação com MP (MP 1034) que trata da compensações por causa da queda de impostos sobre o diesel e o gás de cozinha.

23/03/2021, 18h02 - ATUALIZADO EM 23/03/2021, 18h02
Duração de áudio: 02:11
Jane de Araújo / Arquivo Ag. Senado

Transcrição
LOC: O RELATÓRIO DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE DE MARÇO TRAZ ANÁLISE DA MAIS RECENTE EMENDA CONSTITUCIONAL QUE PERMITIU UMA NOVA RODADA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL. LOC: A EMENDA FOI APROVADA NO SENADO COM O NOME DE PEC EMERGENCIAL E TRAZ UMA SÉRIE DE GATILHOS NO CASO DE AUMENTO DOS GASTOS OBRIGATÓRIOS. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE TÉC: O relatório do mês de março da Instituição Fiscal Independente do Senado traz uma análise da nova Emenda Constitucional, como ressalta o diretor-executivo do órgão, Felipe Salto: Felipe 1 – A emenda constitucional número 109, chamada PEC emergencial tinha o objetivo original de permitir o acionamento dos chamados gatilhos, medidas automáticas de ajuste nas despesas que já estavam previstas na regra do teto de gastos, que é a emenda constitucional 95 de 2016. Porém, com a questão da crise, do agravamento, da crise, agora também, neste ano, o que o governo fez foi introduzir a questão do auxílio emergencial, permitindo a concessão do auxílio e resolvendo o problema da edição do crédito extraordinário, que vinha sendo questionada pela área jurídica. (REP) O relatório projeta números para o alcance dos 95% dos gastos obrigatórios que podem obrigar as adoções de gatilhos de acordo com a Emenda aprovada. Felipe Salto destaca que hoje o percentual já é elevado e deve alcançar o teto proposto na emenda rapidamente: Felipe 2 - Hoje, o percentual de despesas obrigatórias em a despesa primária, deve ficar em 2021 em 93,4%. E nós mostramos no relatório de acompanhamento fiscal que de fato matematicamente quando houver essa possibilidade de rompimento dos 95 e acionamento das medidas de ajuste, como proibição de concessão de reajuste salarial e aumento de despesas em geral, isso vai acontecer depois ou simultaneamente com o próprio rompimento da regra do teto. É por isso que a emenda ficou mal calibrada e tem todos esses problemas. (Rep) O relatório ainda traz o impacto da MP 1034 de 2021, que trata medidas compensatórias para impostos reduzidos pelo governo. A medida deve elevar a arrecadação em 4 bilhões de reais. O texto completo do relatório pode ser acessado em senado.leg.br/ifi.

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