Senadores protestam contra decisão do governo de aumentar PIS e Cofins sobre combustíveis

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LOC: O AUMENTO DO PIS E DA COFINS SOBRE OS COMBUSTÍVEIS, ANUNCIADO NESTA QUINTA-FEIRA, FOI CRITICADO NO SENADO. LOC: SEGUNDO O PRESIDENTE DA CPI DA PREVIDÊNCIA, PAULO PAIM, SE A ECONOMIA ESTIVESSE SE RECUPERANDO, NÃO SERIA NECESSÁRIO ELEVAR IMPOSTOS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: Em nota conjunta, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, confirmaram o esperado aumento no PIS/Cofins sobre os combustíveis, e anunciaram ainda um contingenciamento de mais 5 bilhões e 900 milhões de reais das verbas previstas para este ano. O objetivo é tentar fechar as contas dentro da meta de déficit de 139 bilhões de reais, já que a arrecadação nos primeiros seis meses do ano ficou abaixo do esperado. O anúncio não agradou ao senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. O senador, que preside a CPI da Previdência, pergunta como é possível o governo anunciar melhoras econômicas e precisar aumentar os impostos. (PAIM): Eles vendem a imagem que a economia está crescendo. Ora, se a economia estivesse efetivamente crescendo, não é você aumentando impostos que você ia incentivar que de fato ela crescesse. Com a economia crescendo, o governo arrecadaria mais, as pessoas também comprariam mais. Alguém venderia e aí o ciclo da economia por si só, reativaria o mercado interno e todos ganhariam. (PENNA): Paulo Paim está incomodado, pois afirma que quem já sonega, vai continuar não pagando. E quem paga ficará mais sobrecarregado, o que pode causar ainda mais desemprego: (PAIM) Em vez de o governo fazer isso, vai de novo sinalizar com aumento de imposto. Isso é importante lembrar, que quem paga vai cada vez pagar mais. E quem paga, quem desvia, quem sonega, não vai pagar nada! É lamentável a gente ter que debater impostos e retirada de direitos dos trabalhadores. (PENNA): O governo espera arrecadar, com o aumento nos impostos, 10 bilhões e 400 milhões de reais a mais até o fim do ano. O reajuste terá efeito imediato e pode encarecer o litro da gasolina em 41 centavos, se for repassado integralmente para o consumidor. O diesel pode subir até 22 centavos por litro, e o álcool, 19 centavos. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.